Restaurante Savoy e Lanchonete da Avenida Sete vai completar 50 anos de 2025
O Restaurante e Lanchonete Savoy na Avenida Sete vai completar 50 anos de atividades em 2025. É um dos mais antigos restaurantes da avenida talvez só perdendo em antiguidade ao restaurante do Yacht, clube fundado em 1935, inicialmente com a finalidade de produzir barcos. Há um restaurante por lá, o Veleiro, mas o site da instituição não informa quando foi fundado; e o restaurante do Hotel da Bahia, fundado em 1951, hoje, Wish Hotel e que passou por várias reformas e mudou de nome.
O Savoy que é um outro tipo de restaurante (comida a quilo) se contextualiza como o mais velho da Sete no trecho da área comercial entre São Bento e Mercês uma vez que outros existentes como "A Portuguesa" já fecharam e ele reina sozinho.
Foi fundado em 1975 pelo espanhol galego de Vigo, Joaquin Bouzas, o qual morreu recentemente com mais de 90 anos e dedicou sua vida ao Savoy, hoje, com três casas funcionando em Salvador e longe de qualquer crise - pelo menos o da Avenida Sete, no Relógio de São Pedro, ao lado do Beco do Cabeça - anda lotado de clientes desde quando abre as portas, 8hs (exceto domingos) até quando fecha, 18h (no sábado encerra às 16hs).
E yo sou um desses clientes, pois, sendo o Andarilho da Cidade da Bahia, sempre passo por lá e quando não saboreio um petisco, uma torta ou um calzone sertanejo com calabresa defumada e carne seca, almoço.
Há uma variação de preços: no café da manhã (R$59,88) o quilo; almoço (R$69,88) o quilo; se a pessoa almoçar depois das 15h30min só paga R$22,00, mas não pode ultrapassar de 800 gramas. Caso ultrapasse – o que, convenhamos, é um exagero, desembolsa mais R$3,00 por cada mais 100 gramas. Veja que é bem mais barato do que nos shoppings da capital que já cobram entre R$96,00 e R$104,00 o quilo. Mas, é mais caro do que a comida de rua da Sete, em média, o PF R$10,00. No Savoy come-se bem e com fartura moderada e gasta-se R$30,00 em média. De ótimo tamanho e bom paladar. O suco de laranja - fruta natural R$8,50.
A comida do Savoy atesto e assino embaixo é de boa qualidade e com uma variação de diversos sabores - massas, peixes, tortas, feijões – normal e tropeiro - carnes, saladas, farofa, arrozes - branco e temperado - e serve os pratos que os baianos adoram como feijoada, dobradinha, rabada, etc, dependendo de cada dia. A rabada, que aprecio, é quarta.
Então, a pessoas fica à vontade para escolher o que bem quer, uma vez que no “self servisse” é o próprio cliente que arma seu prato à gosto. Yo mesmo, quando por lá vou, e nesta semana estive no seu ambiente não climatizado, porém, arejado, agradável, instalações de qualidade, fiz uma dessas misturebas inacreditáveis: purê, farofa, dobradinha, peixe, abóbora e torta de abacaxi.
Mandei uma foto para a madame Bião, que, como sabem, é minha distinta esposa, porém, não me acompanha nessas jornadas do Andarilho, uma vez que tem outras atividades a fazer, e a contabilidade exige uma dedicação sacerdótica. Ela disse quando viu a foto: "Endoidou. Vai ter dores de barriga”. Satirizei: “Estou me dando mui bien”.
De outra feira (é o que vocês veem na foto) empratei purê, com bacalhau, salada mista, frigideira de frango, peixe empanado, folhas, beterraba e abobrinha grelhada. Algo bem colorido e botânico.
Quem me atendeu no serviço do suco de laranja foi a garçonete Maria de Fátima, atenciosa e gentil. Toda a equipe – só mulheres no salão – é uniformizada e atenciosa – mas as cadeiras e mesas são compartilhas por todos. Portanto, você pode se sentar ao lado ou em frente de uma pessoa que não gosta de papear ou alguém que adora jogar conversa fora como dizem os baianos.
Yo não gosto de conversar até porque quem vai almoçar quer, apenas, tratar da gastronomia. Mas, paciência, o ambiente é democrático.
Então, só dando mais uma explicação: quando você entra no Savoy tem dois ou três balcões envidraçados com as tortas, os quibes, os calzones, empanadas, pães recheados, esfias e outros. Mas, os clientes não podem lanchar em pé ou ao pé do balcão. Tem que sentar numa cadeira e a garçonete leva a sua pedida. Se v quiser um suco ou refrigerante é só pedir a ela e pronto.
No café da manhã, claro, os produtos são diferenciados do almoço. São servidos bolos, pães, tapiocas, tortas e o tradicional café com leite. No mais é passar no caixa e pagar a conta do que consumiu. Daí que os clientes recebem uma cartela na entrada oferecida por um servidor da casa e paga. Na saída, a caixa lhe dá um canhoto que você entregará a atendente e dá bye-bye.
Savoy começou mais como lanchonete e havia almoços tipo PF que desciam no elevador manual e a partir de 1996 foi feito uma reforma e instalou-se os balcões onde são colocadas as comidas para os serviços a quilo. A decoração é simples com algumas fotos antigas de Salvador.
No Instagram da Savoy tem a seguinte homenagem: “Hoje o dia é dele! Sr. Joaquin! Sua vida se confunde com a do Sabor da Avenida, do trabalho, dos clientes amigos, dos colaboradores, das conversas gostosas, do atendimento gentil, do servir, sempre servil. Sr Joaquin são 89 anos de história vencedora, mas de muita luta... imigrante, desde muito jovem se afastou do conviívio da família, de seus amados pais e irmãos e foi buscar um futuro melhor em terras promissoras, no Brasil. Caminhos de muita dor, decepções, provações imensas, mas, também, de conquistas, de construção de vida, de novos horizontes... construiu uma família maravilhosa com dona Josefa, essa matriarca que cheia de Deus, nos alimenta com sua fé inabalável e seu instinto conciliador e amoroso”.
É ou não é fantástico o Savoy ? Aparece por lá que v vai gostar.
-------------------------------------------------------
Lanchonete e Restaurante Savoy
Av Sete, 468, Relógio de São Pedro
Salvador, Bahia
Fone 3322-2918
Média de preço café da manhã R$25,00
Média de preço almoço R$30,00
Salgadinhos variam de preços – média R$10,00
Sucos R$8,50
Classificação 3 DONS
