Colunistas / A Boa Mesa
Dom Franquito

DOM FRANQUITO E LAS MADAMES BIÃO NO 705 DE PITUAÇU NA BOA MESA

Um lugar de excelente cozinha, carta de vinhos sortida e bom atendimento
06/02/2023 às 10:21
     Quando menos se espera se acha e louva-se aos céus pelo descoberto que nem tão escondido está yo que sou cliente do Dendê de Bambá e olhava para o 705 com curiosidade. Pelas barbas de São Nicolau chega um dia que se vai conhecer de perto a casa do corredor da Manoel Antônio Galvão, em Pituaçu, e entra e sai satisfeito com o que desfrutou em beleza, conforto, atendimento, boa comida, excelente carta de vinhos com aquário-man-woman para fotos - uma maravilha. Crio que minhas convidadas, las madames Bião e sua madre Antônia também tenham gostado. Aliás, sem guardar segredo porque não sou baú de ossos, adoraram. 

  E como estou igual a Moisés no deserto a base de água quando encontro n'algum oásis, as madames se deram melhor e degustaram um um vinho rose Pujlavec da Eslovênia com frutos do mar deliciosos, bem preparados. 

  O 705 é imenso com dois pisos em concreto aparente decoração baiana mesas afastadas umas das outras o que permite aos comensais ficarem mais à vontade e falaram até um pouco mais alto sem incomodar os vizinhos com suas confidências, maliciosas ou não, nunca se sabe nesse tempo de patrulhamento, e os garçons são tem treinados e discretos, só se aproximam das mesas quando chamados ou quando os vinhos em taças diminuem as gradações. Os petiscos são admiráveis, em entrada para - como dizem - abrir o apetite mais a fundo.

  Iniciamos, pois, a jornada noturna solicitando ao garçom com cara do poeta Virgílio o couvert 705 - pão, burratinha, queijos de cabra e parmesão, tomatinhos assados, camarões empanados, tagliata de mignon, patês e manteiga de limão - entre goles do servido delicadamente rose Pujlavec. A Eslovênia - imagino que saibas - é um pequeno país montanhoso da Europa Central cuja capital é Liubliana, pouco conhecido dos brasis onde se produz excelentes roses. 

  Queixava-me às madames do frio polar na acolhedora 705 o que é raro no verão baiano. Próprio, diria, para degustar tintos. Paciência, não sabia desse detalhe e estava a usar uma camisa típica do verão. Aprende-se com essas andanças e na próxima vez que for ao 705 usarei um blazer. As madames se deram melhor porque conversavam como se estivessem numa taberna eslovena e sorviam o rose a gosto.

   La professora, por conseguinte, entusiasmada, solicitou uma segunda entrada um vinagrete morno de forno - mini batatas, chouriço espanhol e aioli de páprica. Ouvi uma delas a parlar: - Delicioso pero bastante picante. Tenha cuidado quem dele se servir. O que menos, me pareceu, pois, em tempo da hora prima o devoraram com prazer.

  Vejo que as madames são boas de talheres e de taças. Bendita sejam e as conserve assim com bom humor e apetites palacianos da antiga Roma. 

  De pratos principais, uma vez que a noite avançava para às 23h e a noite baiana se encerra antes do cantar do galo da meia noite, solicitamos risoto de lagosta - trufado com filé de lagosta e caldinha grelhada ; risoto de camarão - 82 - camarões grelhados, crispy de parmesão e tomates assados; gnocchi de mandioquinha - camarões crocantes, creme de queijo meia cura, tomates assados e cvrispy de parmesão; salada de folhas frescas com camarões grelhados - tomate uva, pepino japonês, filezinho de tangerina, camarões grelhados, crispy de parmesão e molho ceasar. 

  Permitam-me um adendo: Os vinhos eslovenos da vinícola Puklavec são conhecidos por sua qualidade e características inconfundíveis. Diz a propaganda da Casa que o amor da família Puklavec pelo vinho pode ser rastreado desde 1934. Martin Puklavec teve uma visão: fazer os melhores vinhos juntos. Esta filosofia continua a ressoar na produção de vinho da família hoje. 

  Seriam, assim, esses vinhos movidos pelos valores fundamentais da paixão, trabalho árduo e dedicação à qualidade. Vladimir Puklavec e suas duas filhas, Tatjana e Kristina, todos trabalham juntos, ao lado dos outros viticultores, com a determinação de continuar a perseguir a visão de seu (av) pai.

  Vê-se, pois, que as madames se deram melhor do que yo, que, a base da água, deliciei-me silenciosamente com a salada de folhas frescas enquanto ouvia o tim-tim das taças e os elogios ao risoto, a lagosta e ao gnocchi.

  Noite distinta, elegante e com direito a sessão de fotografias no aquário-vinícola do 705 além de mais fotos vendo o mar de Pituaçu do alto da fachada do restaurante.

  Um ótimo lugar na cidade do Salvador. Quem ainda não conhece fineza experimentar.

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Bar e Restaurante 705
Rua Manoel Antônio Galvão, 32
Fone reserva 71. 3901.3705
Abre 12h e fecha 24h
Couvert 705 - R$89,00
Vinagre morno R$68,00
Risoto de lagosta R$94,00
Risoto de camarão R$82,00
Gnocchi R$82,00
Salada de camarões R$49,00
Vino Puklavec R$126,00
Água mineral R$9,00
Estacionamento próprio
Serviço 10%
Classificação 4 DONS