É conhecida por ser o local de residência de várias personalidades do mundo político, artístico ou midiático. O centro é ocupada pela Square Louis-XIII, rodeada por fileiras de árvores com, ao centro, quatro fontes projetadas por Jean-Pierre Cortot. O Monumento a Luís XIII foi inaugurado em 1825.
Entre personalidade que viveram no conjunto arquitetônico que emoldura a praça estão Madame de Sévigné, escritora de cartas; François Couperin, compositor; Victor Hugo, escritor; Colette, escritora; Isadora Duncan, dançarina; Jack Lang, ex-ministro da Cultura; Pierre Bourdieu, filósofo. Só para citar alguns.
O mais famoso, sem dúvida, é Victor Hugo. Romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos Hugo é utor de "Les Misérables" e de "Notre-Dame de Paris". A peça teatral "Les Miserables" ficou em cartaz por anos 16 anos - quinto musical a ficar mais tempo em cartaz na história da Broadway. À sua frente, estão “O Fantasma da Ópera” (29 anos), “Chicago” (21 anos), “O Rei Leão” (20 anos) e “Cats” (19 anos).
No número 6 encontra-se a "Maison de Victor Hugo" uma casa-museu do escritor localizada onde viveu por 16 anos entre 1832 e 1848. Fica aberto todos os dias até 18h com ingresso 12 euros onde se aprecia mobiliário, livros, vida e obra do autor com muitas peças em expo.
E, o que é objeto dessa crônica, no número 22 da place está o Café Hugo, obviamente titulo fantasia inspirado no dramaturgo, um bistrô bem localizado com duas áreas externas sob as arcadas e um ambiente interno decorado com luzes e espelhos.
É um café gostoso de se frequentar ainda mais se o cliente consegue um lugar sob a arcada, como foi o nosso caso - yo e la madame Bião de Jesus - movimentado por turistas e locais, repleto de gente nesta temporada de verão.
Estivemos por lá no 21 de julho o sol se pondo nas arcadas e la madame viciada em Aperol Spritz solicitou de imediato um drink ao garçom Apolinare e yo uma coca-cola. O querido leitor a deusa leitora há de imaginar que esteja doente. Depois, redime-me com uma tacinha de blanche.
E para petiscar num local tão emblemático como este onde uma madame nossa vizinha de mesa conversava com um filósofo, creio yo, diante da conversa e de sua preocupação com a vida cultural em Paris e cuidados com a bolsa, a ponto de esquecê-la na cadeira quando deixou o local, o garçom correndo com a bag para lhe entregar e ela agradecendo e mostrando aflição com seu esquecimento, solicitamos coquillettes de truff e fois gras.
Ora, não me venha com esses nomes difíceis Dom Franquito. Há de inquirir os leitores. Explico: o coquilletes é uma massa francesa com trufas negras uma das receitas de Alain Ducasse. Muito gostosa. E o fois gras é o fígado de pato, prato da culinária francesa servido como patê com tostas ou pão.
Prato polêmico na atualidade do patrulhamento uma vez que envolve a hipertrofia do ganso. Pero, como disse-me a madame Bião, delicioso.
O Café Hugo - cujo símbolo da casa é um cão salsicha Dachshund raça oriunda da Alemanha - é um local para permanecer horas contemplando a vida e a praça Vosges, os tipos franceses, os artistas, as personalidades que por lá aparecem, desfrutando de excelentes comida e bebida.
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Café Hugo
22 Place de Vosges
Paris
3º distrito
Fone 01 42 72 64 05
Aperol 10 euros dose
Foie gras 5.80 euros
Coquillettes truffa 15.50 euros
Blanche 10 euros
Coca cola 5.30 euros
Classificaão 3 DONS