9, Place la République, Paris, bem no coração do local sempre agitado
Há em Paris ao menos quatro praças emblemáticas como locais de protestos políticos de toda natureza, desde as reivindicações dos 'coletes amarelos' (em francês 'gilets jaunes') - movimento de trabalhadores e da classe média contra os aumentos dos combustíveis e do custo de vida diante da política de Emmanuel Macron - até apelos pelo fim da guerra na Ucrânia, o que só tem levado a mais aumentos de preços dos produtos básicos de consumo e na redução de alimentícios das familias - e são elas: Bastilhe, Concorde, Hôtel de Vile (Municipal) e République.
Dessas a La République praticamente mantém um palanque aberto aos estrangeiros - que são muitos em Paris - para protestos contra a política antidemocrática dos seus países, na Ásia, na América Latina e na África. Quando estivemos por lá, recentemente, yo e la madame Bião de Jesus, assistimos a protetos de argelinos - refugiados e outros - que exigiam o retorno a um regime democrático e sem perseguições políticas.
Essas concentrações duram horas e são exibidos cartazes, bandeiras, frases em faixas e discursos intermináveis dos lideres dessas comunidades. Diria que representam movimentos que têm boa acolhida na imprensa francesa e, muitas vezes, ajuda na derrubada de governos e em mudanças de regimes.
Mas, La République é também um local de lazer, um amplo espaço de contemplação e descanso, da prática de esportes urbanos - skates, pelenke, etc - rodeada de cafés, bistrôs, restaurantes, um intenso comércio e uma grande movimentação de nativos e turistas. Está a poucos minutos andando da Bastilhe e do rio Sena, portanto, um belo lugar para relaxar.
Foi o que fizemnos yo e la madame Bião no Café République, 9, um local com dois ambientes - o salão e a varanda (terasse) com ampla vista para a praça, que é o mais utilizado sobretudo agora na temporada do verão. Claro: esses locais estão sempre lotados e custa-se, às vezes, conseguir uma boa mesa para apreciar a movimentação das pessoas na praça.
O Café République em matéria de decoração segue a norma geral dos bistrôs franceses com boa iluminação interna para impressionar os clientes, lustres enormes e cadeiras confortáveis de vime.
Nos situamos numa ótima mesa e la madame Bião, com o calor que fazia no momento, embora já passasse das 17h, solicitou um chope large Heineken e yo pedi um Syrah 25 cl vinho que gosto muito.
Minutos depois, pedimos ao jovem garçom indiano que nos serviu um filé com molho de mostarda e um magret de canard. - De novo, Dom Franquito, um magret - ponderou a madame. - Sim, o peito de pato - tradução de magret de canard - é produzido de uma maneira diferente em cada restaurante, expliquei a madame.
Então, perguntei ao garçom se o magret do République era bom, bem temperado, e ele respondeu que o melhor da praça. Cada qual vende seu produto como quer. Mas, diria que, ao chegar à mesa o pato, apreciei bastante o canard do République. E, a madamente Bião, até ansiosa porque não experimentava uma picanha há meses, disse-me que seu prato estava delicioso.
Evidente que, a cada duas ou três garfadas, mais geladas e mais Syrah foram servidos. Adoramos o local apreciando os protestos dos argelinos, ao longe, vendo a imensa estátua que emoldura a praça e a movimentação das pessoas. De posteres, um sorvete coupe 2 boules.
Come-se bem na França e uma prova disse é o Café La République.
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Café République
9, Place de La République
Paris
Fone 01 42 72 31 44
Funciona todos os dias almoçoe janta
Jeineken 7 euros
Syrah 7.7 eurs taça
Magret 18 euros
Rumsteck 16.5 eurps
Sorvete 8 euros
Classificação 3 DONS