Colunistas / A Boa Mesa
Dom Franquito

DOM FRANQUITO TEM SEU DIA DE ESTRELA NO MAISON SAUVAGE NA RUE DE BUCI

O Sauvage (Selvagem) fica na Buci 5 com a George a maison mais badalada dessas ruas
15/05/2022 às 09:16
       O distrito de Saint-Germain des Prés é um dos locais de Paris mais badalados da citté. Abriga moradas de alto padrão localizadas à margem esquerda do rio Sena e seus moradores têm uma vida cultural intensa nas livrarias, antiquários, galerias de arte, museus, restaurantes estrelados e outros. 

  Viver em Saint-Germain significa refinamento não somente no sentido de que a pessoa ou a familia tem um alto poder financeiro, mas aprecia e cultiva a arte cênica e a cultura de uma forma geral. No meio desse caldo cultural convivem (e até habitam) artistas, poetas, filósofos e gente do povo. O bairro tem seus mercados, feiras livres e barzinhos mais modestos e é um dos mais visitados pelos turistas, afinal nele está localizado o Museu d'Orsay com suas obras do impressionismo e atravessando as pontes das Artes e/ou a Neuf sobre o rio chega-se ao Louvre.  

  Turista, em especial, adora lugares de ricos, ao menos, por um momento ou por uma vez na vida. Sente-se integrado nesse clima de refinamento. E, há, ainda, os turistas que são afortunados.

  Saint-Germain-des-Près além de suas lojas de luxo e restaurantes chiques abriga a igreja de Saint-Germain-des-Prés, templo medieval e origem da localidade, a mais antiga de Paris. O trecho mais famoso do bairro é o  o Boulevard Saint-Germain com seus inúmeros cafés, entre eles, o Flore.

  Racine, Balzac, George Sand, Musset, Verlaine, Rimbaud, Anatole France foram alguns dos escritores que viveram ou frequentaram assiduamente os cafés de Saint-Germain-des-Prés. Era o bairro favorito dos pintores Delacroix, Ingres e Manet.

O distrito leva o nome da Abadia de São Vicente fundada por Childebert 1º, filho de Clóvis. Teria seguido o conselho do bispo Germain em 543. No século 7, a abadia foi renomeada como igreja de Saint Germain des Prés após sua morte. Clóvis é considerado "o primeiro rei de o que se tornaria a França" (481/511 d. C.

 Há, no bairro, uma rua chamada de Buci, a qual durante séculos foi uma das mais importantes da margem esquerda do Sena. Os historidadores apontam que na Idade Média era a estrada que chegava a uma das portas da muralha de Philippe Auguste que cercava a cidade.

  Yo e la madame Bião de Jesus andamos pela Buci e conseguimos nos acomodar na Maison Sauvage, um bistrô disputadíssimo que fica na número 5 com a George de Tours. O local tem dois pisos, um terraço e uma fachada coberta de plantas - dando a idéia de selvagem, uma mata florida - que mudam ao ritmo das estações. 

  A maison está sempre lotada especialmente na parte térrea em frente as duas ruas e as mesas e cadeiras são bem juntinhas umas das outras. É preciso ter atenção no falar contido para não incomodar o vizinho. É permitido fumar nessa área, o que é desagradável. O serviço é dinâmico. Jovens garçons de camisetas circulam como águias entre as mesas, as ruas e o balcão.

  É uma muvuca. Lugar para ser visto, badalar, beber vinho, causar, portanto nada intimista. É bem provável que, talvez por isso mesmo, seja tão frequentado. Achar uma mesa na hora do agito custa tempo. Mas, se você quiser pode marcar - uma reserva - para o café da manhã ou jantar na parte do terraço coberto.

   Gostoso mesmo é ficar onde ficamos, quase na rua, vendo o agito, curtindo as pessoas - maioria turistas - e o vai e vem de carros, motos, bikes, patinetes. Na Buce não passa carros e tem um marche para a venda de flores, pescado, queijos, vinhos e tudo mais de guloseimas. Na George circulam vans e táxis. 
  
   No cardápio eletrônico lê-se: - La Maison Sauvage alinha-se com a essência do seu ambiente e defende uma cozinha aberta ao mundo e desinibida.

  Chardonay's para nós e uma salade de lentilles, patate douce, carottes, feta. E mais fritas trufadas com parmeson ou huille de truffes. Estamos em Paris meu dignissimo leitor e cativa leitora por isso usamos umas palavrinhas em francês, perftiamente compreensivas.

   Os pratos estavam deliciosos mas no sentido de adequa-los ao ambiente. Nada que se diga maravilha. 

   Diriamos que adoramos o Sauvage e na Buci existem mais de uma dezena de restauranres e gelatos. Não contei, mas é um agito gastronômico de ponta da ponta e dá para causar se você ainda causa alguma coisa, 
  
   A Rue de Buci tem um ar provinciano com seus cafés, lojas, sorveterias e mercado. Na atualidade, contrasta com o resto do bairro pelo ambiente popular repleta de turistas de várias partes do mundo. Diria popular no estilo Paris, pois, nada o que se consome nesta cidade (e muito menos neste bairro) tem preços poulares como estamos acostumados no Brasil. 
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MAISON SAUVAGEM
Rue de Buci 5 c/ George
Fone 01 46 34 26 26
Chardonnay tacinha 5.5 euros
Huile Fruits 9 euros
Salate lentilhas 15 euros
Chablis tacinha 7.9 euros
Visa card
Classificação 4 DONS