Colunistas / A Boa Mesa
Dom Franquito

DOM FRANQUITO prova a tortilla de camarões do galego CERVANTES

Restaurante Cervantes desde 1978 serve petiscos da culinária espanhola da região da Galícia
06/01/2017 às 18:30
 A Rua do Forte de São Pedro que se situa entre as esquinas do Teatro Castro Alves (Campo Grande) e da Casa d'Itália (Av Sete) desde a República Velha tem sido uma rua de comércio dos galegos fugidios da longa Guerra Civil Espanhola, década de 1930, e da II Guerra Mundial (década de 1940) que chegram à cidade do Salvador sobrevivendo da pobreza que era a Galícia em busca das riquezas do Novo Mundo. 

   Muitos foram para NY, outros para SP, dezenas para Buenos Aires e alguns aportaram na cidade do Salvador, urbe que, hoje,  tem parte do coração na Galicia. Salvador é cidade irmã de Pontevedra.

   Os galegos chegaram com uma mão atrás da outra, praticamente só com a roupa do corpo, e trabalharam duro para sobreviverem e crescerem no comércio e na indústria da construção civil. Formam ainda hoje, a maior colônia galega no Brasil e na Rua Forte de São Pedro muitos deles viveram parte de suas vidas nesse espaço, constituiram familias, montaram negócios e prosperaram. 

  A rua tinha (e ainda tem) padaria, casa de ferragens, hotéis (hoje motéis), bares, lanchonetes, o Colon de Sêo Pepe e o Cervantes de Sêo Benjamin Monte ou também conhecido como Pepe Monte.

   Os galegos adoram esse nome Pepe e os baianos quando não sabem o primeiro nome de muitos galegos os chamam de Pepe ou de Manolo

   O Colon de Pepe Gordo onde bebíamos vinhos baratos e geladas nas décadas de 1970/1980 com Agnaldo Siri, Paolo Marconi, Angelo Roberto, Rafael Pastore, Drumond Andrade, Fred Souza Castro e outros, muitos dos quais já subiram para o outro andar celestial, inclusive Pepe, hoje, a casa de vinhos e tira-gostos com queijos e petiscos de Espanha é controlada por Pepinho, filho do Pele; e o Cervantes, tradicional ponto de petiscos e tapas de Espanha, hoje, é comandado por sobrinhos de Benjamin, ainda vivo, Camila e outros.

   O Colon fica mais perto da Av Sete e o Cervantes mais perto do Campo Grande, colado ao Bar do Tirson. 

   O Cervantes deu uma repaginada geral e se transformou num restaurante. Nada mais de bebidas ao pé do balcão, o que ainda acontece no Colon, tudo organizado, arrumado, decorado com motivos de Eapanha e, claro comida a moda da Galicia.

   O restaurante tem um cardápio básico de tortillas e pescados todos os dias (arroz de polvo é um dos mais procurados) e cardápio especial. Na quarta-feira serve dobradinha espanhola (callos), clássico da culinária galega; na quinta a paella; na sexta moquecas de camarões, polvos e peixes; e aos sábados as mariscadas.
 
  Atendido pelo garçom Edison optei por uma tortilla de camarões, pois, a tia de Camila, a qual produz a paella não pode ir ao Cervantes neste dia e somente ela é a 'craque' em produzi a paella à moda Galícia.

   Diria que a tortilla de camarões é servida numa porção generosa, pero, não foi das melhores que já saboreei. Desceu bem e ainda levei uma boa quantidade para la señora Bião de Jesus, mi esposa, que não pode ir ao Cervantes comigo.

   Taí, se você anda pela Avenida Sete, pelo Campo Grande e imediações e deseja degustar uma comidinha espanhola, unas tapas, unos mexilhões, una mariscada passe no Cervantes. Você vai gostar e os preços são bastante acessíveis com atendimento ágil e prestimoso.
-------------------------------------------------------------------- 
Cervantes Restaurante e Toperia
Desde 1978
Rua Forte de São Pedro - Campo Grande
Salvador - Bahia
Fone 71.3014-5963 71.99991-7856
Aceita encomendas de paella, tortillas e tapas
Tortilla de cmarões R$35,00 (serve 2 pessoas
Moqueca de camarão R$58,00 (para 2 pessoas)
Estacionamento na rua - não tem manobrista
Não tem ar condicionado
Ambiente arejado, limpissimo
Aceita todos os cartões
De segunda a domingo a partir das 11h
​Classificação 2 DONS