Restaurante fica em Lauro de Freitas próximo a entrada de Vilas do Atlântico e tem comida sertaneja de ótima qualidade
Os empresários paraibanos que instalaram o Restaurante Picuí, na Maria Quitéria, em Feira, já vendem com sucesso a famosa carne de sol do município de Picuí, região do Seridó oriental, na Paraíba, há mais de 20 anos.
Com produto bom, de qualidade, a casa de comida regional nordestina chegou ao Jardim Armação, em Salvador, e expandiu os negócios para a Leonardo da Silva, Pitangueiras, em Lauro de Freitas, próximo a entrada 2 de Vilas do Atlântico.
Creio que não seja segredo pra ninguém que Picuí, esse pequeno município paraibano do bom clima do Seridó (nome de um rio que corre entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba) - região de transição entre a caatinga e o campo propicia a criação do gado mestiço, resistente às intemperies do tempo.
Como diz Vandré em sua música gado para boiadeiro de laço forte (Boiadeiro muito tempo/Laço firme e braço forte/Muito gado, muita gente/Pela vida segurei/Seguia como num sonho/E boiadeiro era um rei) e que tem um manejo especial na criação e no tratamento da chã (em especial a chã de dentro) para produzir a melhor carne de sol do Brasil.
É mesmo a melhor carne de sol do país?
Na Bahia, diz-se que é a de Itororó. Jequié defende que seja a sua. Uauá também. O certo é que, se a carne de sol de Picui é a melhor ou não do Nordetse e consequentemente do Brasil, pelo menos é a mais famosa, mais cultuada, mais reverenciada.
Tanto que, em Picuí, depois da festa de São Sebastião, o padroeiro da cidade, a segunda festa mais importante (dizem que é a primeira, maior do que a do santo) é a Festa da Carne do Sol.
Picui tem rebanho de 40.000 bois e exporta sua carne de sol para todo o Nordeste - tem centenas de restaurantes de carne de sol na regão, nem todas abastecidos com a carne de Picui) e para o Sudeste, especialmente SP, onde reside uma leva de nordestinos.
Detalhe: existe filé de carne de sol. Mas, a carne de sol boa mesmo de se apreciar na mesa, com uma macaxeira, que aqui chamamos de aipim, é a de chã de dentro, macia, bem passada, para dentes de leão.
Banguelo não come carne de sol e quem usa 'perereca' aquelas dentaduras postiças também não é um produto recomendável.
E o Picui Restaurante de Pitangueiras, Vilas do Atlântico, que tal?
Construido para ser um restaurante - sem adaptações que a gente vê em algumas casas - o local tem uma climatização perfeita, decoração no ponto certo com motivos sertanejos, locais para petiscar enquanto se agurda na fila de espera, atendimento feito em sua maioria por garçons importados da Paraíba, atenciosos, rápidos, sanitários limpíssimos, parquinho interno para as crianças e estacionamento enorme para veículos. Portanto, nada de improvisos.
Detalhe: nos finais de semana tem fila de espera. Portanto, ou faça reserva e chegue no horário, ou se apresente depois das 14h quando os comensais que sempre vão cedo para o almoço já estão saindo. Nas noites de sextas e sábados, a mesma coisa. Fila de espera.
Portanto, a crise que tanto se fala, no Picuí Pitangueiras passa ao largo, bem distante, lá pela Estrada do Coco.
Yo e la señora Bião de Jesus fomos num dimanche lá por volta das 2 de la tarde e, mesmo assim, entramos na fila de espera. Nada assustador porque tem uns bancos e mesas e cadeiras na entrada onde se pode ir tomando uma gelada e beliscando um quejo coalho assado e temperado com melaço e pimenta. Por sinal, delicioso e farto.
Aliás, tudo no Picuí é farto em tira-gostos e carnes com bons sabores, daí, creio, tanto sucesso. Com 60 pilas come-se três uma carne de sol rabo de peixe, decorada com o selo - quem conhece, não esquece.
Fomos atendidos por dois garçons, o na inicial, na fila de espera, com um nome que não gravei, pero, bastante ágil e atencioso. Não é facil atender 20/30 casais numa fila de espera todo mundo querendo ser servido.
E, no salão, por Mr Júnior, um paraiba mui gentil.
E já que estávamos numa casa de origem do Seridó, nada melhor do que experimentar a Carne de Sol Paraibinha, prato que vem acompanhado de feijão caipira, paçoca, purê de aipim, arroz e vinagrete.
Meu (minha) caro (a) amigo (a) leitor é de atravessar o Rio Seridó a nado.
Tudo delicioso, gostoso, como se diz na Bahia, no ponto. A paçoca de derreter na boca. A carne de sol com aquela textura do boi bravio da caatinga, pouco suculenta e pronta para, depois de cortada em tiras, receber um molho , uma pincleada de manteiga de garrafa e purê de aipim é de comer rezando.
La señora Bião de Jesus ficou tão entusiasmada que solicitou ao nobre Júnior uma caipirosa Absolut com morango e aí foi que caiu dentro da paçoca, do feijão caipira e da paraibinha.
Diria que a carne de sol do Picui, pronvinda diretamente do Seridó, é imbatível. Quem duvidar é só testar.
Pra fechar la tarde, el pudim de leite de sobremesa, também saboroso.
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Picuí Restaurante
Rua Leonardo R. da Silva, 328
Pitangueiras/Lauro de Freias
(Próximo a entrada 2 de Vilas do Atlântico)
Outra dica: Prédio atrás da Belo Ferragens
Fone 71. 3029-0766
www.restaurantepicui.com.br
Terças a quintas 11h30min às 16h
Sextas e sábados 11h às 23h
Domingos 11h30min às 18h
Estacionamento com segurança (gorjeta a critério)
Carne de Sol Paraibinha R$62.50 (dá pra 3 pessoas)
Queijo coalho com melaço R$17,00
Cerveja Eisenbahn 600 ml R$11,00
Morangoska R$13,00
Pudim de leite R$9,00
Aceita todos os cartões
Classificação 3 DONS