Direito

BETS: JUSTIÇA DE PERNAMBUCO DECRETA PRISÃO DO CANTOR GUSTAVO LIMA

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. De acordo com o veículo, que teve acesso ao processo que tramita em sigilo
Da Redação , Salvador | 23/09/2024 às 16:57
Gustavo Lima
Foto: Instagram
   O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima nesta segunda-feira, 23. A ordem de prisão é no âmbito da mesma operação que prendeu a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, a Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bets.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. De acordo com o veículo, que teve acesso ao processo que tramita em sigilo, a juiza acatou o pedido da Polícia Civil de Pernambuco. O Ministério Público de Pernambuco, na sexta-feira, 20, teria pedido a substituição de prisões preventivas por outras medidas cautelares, mas a juíza rejeitou estes argumentos.

"É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado", escreveu a juíza, no documento.

Em meio às investigações, a Polícia Civil afirma que por meio da Esportes da Sorte, uma das empresas investigadas na Operação Integration, o esquema usaria a Balada Eventos -- empresa em que Gusttavo Lima é sócio -- e outras duas empresas para lavagem de dinheiro. 

A Justiça de Pernambuco já havia determinado o bloqueio de R$ 20 milhões em bens dessa empresa do cantor. Em resposta à movimentação, Gusttavo Lima, na última semana, afirmou nas redes sociais que "a Balada Eventos foi inserida no âmbito da operação simplesmente por ter transacionado comercialmente com essas empresas investigadas" e disse ter ocorrido excesso por parte da autoridade.

Em nota ao veículo, a defesa da empresa afirmou que: "A Balada Eventos e Gusttavo Lima não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de jogos ilegais e lavagem de dinheiro".