Direito

2º DIA JULGAMENTO DANIEL ALVES: DIRETOR DA BOITE E AMIGO JÁ DEPUSERAM

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Tasso Franco , Salvador | 06/02/2024 às 13:02
Amigo de Daniel, Bruno Brasil, ao chegar ao Tribunal em BCN. Ele já depôs
Foto: Jordi Otix
  O segundo dia de julgamento contra Alves começou com o depoimento do diretor do tribunal de Sutton, Robert Massanet, que atendeu a vítima na noite dos fatos. Segundo sua história, ele viu a denunciante chorando com as amigas e o porteiro. Ao ser questionado sobre o ocorrido, ele contou que havia sofrido uma agressão sexual, sem maiores detalhes. Nesse momento Alves passou pelo corredor em direção à saída e a menina verbalizou: “Foi ele”. Após essas palavras, o diretor da sala nos incentivou a ir para uma sala mais silenciosa.

A testemunha explicou que a vítima se recusou a denunciar e queria ir para casa, mas insistiu em ativar o protocolo de agressões sexuais que ocorrem na boate, o que ele fez. Informou também que a queixosa disse que não iam acreditar nela, que ela tinha entrado voluntariamente na casa de banho, mas que depois quis sair e não conseguiu. O diretor acrescentou que perguntou à vítima se ela havia sofrido penetração e ela respondeu que sim, mas sem maiores detalhes.

   MOSSOS D'ESQUADRA

   Uma das agentes da Unidade Central de Violência Sexual dos Mossos d'Esquadra que participou na investigação explicou que viu inúmeras câmaras e obteve depoimentos de testemunhas assim que a vítima denunciou a agressão sexual.

Afirmou ainda que foi ele quem contatou o advogado de Alves para se encontrar com o jogador no escritório de advocacia e prendê-lo e posteriormente transferi-lo para a delegacia. Perguntaram-lhe o motivo de fazê-lo e ele respondeu: “Foi por ordem dos meus superiores”.

   O agente que prendeu Alves também explicou que foi acordado fazer a prisão no escritório do advogado por “decisão dos meus patrões”.

Mensagem de Bruno para seu primo

Em seu depoimento, Bruno admitiu ainda que enviou mensagem nas redes sociais para o primo da vítima “como amigo”. Questionada pelo advogado do denunciante, a testemunha explica que o jogador não lhe contou porque foi à casa de banho. Disse ainda acreditar que a vítima e seus companheiros sabiam quem era Dani Alves porque “muita gente tentava tirar fotos” na cabine.

“Ele bebeu muito a noite toda”: declara amigo de Alves

O amigo que estava com Alves naquela noite, Bruno Brasil, afirmou que naquela noite foi de carro até a boate, já que o jogador “bebeu muito” ao longo da tarde. Em seu depoimento, ele explicou que conheceram a vítima e seus amigos e que Alves estava dançando com eles.

Questionado pelo Ministério Público, relatou que viu o jogador ir ao banheiro e que o denunciante veio depois, deixando-o do lado de fora com os amigos. Minutos depois, acrescentou, viu Alves sair do banheiro, que começou a dançar com ele e as meninas. Quando o jogador foi abordado,

 Brasil afirma que estava conversando com o primo da vítima. Em seguida, a denunciante e seu primo se despediram, enquanto ele e Alves continuaram na cabine por mais algum tempo. Mais tarde, decidiram ir embora, pois haviam “bebido demais”. Ele dirigiu novamente para levar Alves para casa. Ao sair da boate, ele afirma que o corredor estava muito escuro e que não viu o denunciante chorando ao lado do porteiro. Alves, afirma, não lhe explicou o que aconteceu no banheiro.