Com 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3/5), a Operação Venire.
Tasso Franco , Salvador |
03/05/2023 às 09:56
Bolsonaro é investigado e ten-coronel Mauro Cid é preso
Foto: Reprodução
Com 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3/5), a Operação Venire. Segundo a corporação, o objetivo é "esclarecer atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde".
Segundo informações do portal G1, a PF faz buscas em um endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro, na capital federal; além de ter prendido o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. Bolsonaro deve prestar depoimento ainda hoje.
O aparelho celular de Jair e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram apreendidos, conforme informou o jornal O Globo, mas o ex-presidente ainda não forneceu a senha. Já Michelle, inicialmente, também não passou a senha, mas depois autorizou acesso ao seu aparelho.
De acordo com a PF, "as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários. Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19".
A apuração da PF indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a pautas ideológicas para sustentar o discurso voltado a atacar à vacinação contra a covid-19.