Direito

RACISMO ESTRUTURAL DIZ MINISTERIO DAS MULHERES SOBRE O CASO SAMANTHA

Em um voo da Gol que saía na madrugada de sexta para sábado (29/4), de Salvador rumo a São Paulo, a passageira se recusou a despachar a bagagem de mão e foi retirada
Tasso Franco , Salvador | 29/04/2023 às 18:33
Samantha foi retirada do voo por agentes da PF
Foto: Redes Sociais
    O Ministério das Mulheres considerou o caso da passageira Samantha Vitena uma demonstração de racismo e misoginia no Brasil. A pasta, que se manifestou na tarde deste sábado sobre a situação, afirmou que esta é uma violência estrutural às mulheres negras no Brasil. Por isso, pedirá providências à Polícia Federal (PF).

"O episódio contra Samantha Vitena em um voo de Salvador na madrugada deste sábado demonstra o racismo e a misoginia que atingem de forma estrutural as mulheres negras em nosso país”, a pasta.

Em um voo da Gol que saía na madrugada de sexta para sábado (29/4), de Salvador rumo a São Paulo, a passageira se recusou a despachar a bagagem de mão, segundo ela, por medo de que o notebook fosse danificado no transporte. Com a ajuda de outros passageiros, ela conseguiu encaixar a mochila no bagageiro superior. Poucos tempo antes da decolagem, policiais federais a abordaram para detê-la.

Em vídeos divulgados na internet pelas outras pessoas no local, os policiais alegaram seguir solicitação do comandante da aeronave. 

“Ela foi retirada da aeronave por três homens da Polícia Federal cerca de uma hora depois de o problema da bagagem ter sido resolvido, conforme seu relato e o de testemunhas. A cena é uma afronta a Samantha e a todas as mulheres negras”, declarou o ministério.

A pasta se posicionou em defesa de Samantha e afirmou que além de providências legais, pedirá que a PF "peça desculpas e explicações após a abordagem". Não mencionaram nenhum contato com a companhia aérea.

Até o momento, a Gol se defendeu alegando que a cliente "não aceitou a colocação de sua bagagem nos locais destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo".