O assunto segue na Justiça
Tasso Franco , Salvador |
22/03/2022 às 18:27
Ricardo Gaban é ex-deputado estadual
Foto: REP
O ex deputado e proprietário do Alto do Andu, Ricardo Gaban, considerou a ação executada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que resultou na demolição total da cerca viva e arrombamento de um depósito contendo bens pessoais da família, na manhã desta terça-feira (22), uma ação truculenta e desrespeitosa.
Gaban conta que foi surpreendido com a chegada das equipes do Inema e da polícia ambiental ao terreno. “Eles invadiram o meu terreno às 04h da manhã, destruíram a vegetação, arrancaram árvores e derrubaram a cerca. Um depósito que abrigava bens materiais particulares da minha família também foi arrombado. Fizeram uma completa bagunça.”
O proprietário da casa de shows contou ainda que tudo aconteceu sem nenhum respaldo judicial. “Essa ação foi totalmente desrespeitosa e covarde. Eles não tinham ordem judicial e estavam desacompanhados de um oficial de justiça. Tudo que eles me apresentaram, após muita insistência e após destruírem o meu patrimônio, foi um documento de 10 anos atrás já sem efeito.”
O ex deputado explica ainda que possui a área em que atualmente funciona a casa de shows no Alto do Andu há mais de 50 anos. “Essa área pertence a minha família há mais de 50 anos, trata-se de um terreno privado. Na época em que as áreas ao redor do meu terreno foram juntadas para a instituição do Parque metropolitano de Pituaçu todos os proprietários foram indenizados e após isso os respectivos terrenos passaram a compor o parque, mas isso não aconteceu com o meu terreno. Ele é particular”, contou.
Após o acontecimento, Ricardo Gaban entrou com um mandado de segurança para impedir a continuidade da ação de demolição efetuada pelo Inema e obteve um parecer favorável da Seção Cível de Direito Público.