Direito

A EXPERIÊNCIA DA JUSTIÇA RESTAURATIVA NA FAC PSICOLOGIA DA SANTA CASA

Advogada Miriam Santana do NJR do Tribunal de Justiça foi facilitadora a convite da professora Fernanda Correia
Tasso Franco , da redação em Salvador | 15/07/2021 às 12:34
Aula virtual
Foto: BJÁ
   A convite da professora Fernanda Correia, da matéria Psicologia, Ciência, História e Profissão a coordenadora do Núcleo da Justiça Restaurativa 2, do Tribunal de Justiça da Bahia, advogada Miriam Santana, facilitou na noite da última terça feira um círculo de diálogo com os alunos do curso de Psicologia da Faculdade Santa Casa de Misericórdia, pelo sistema virtual.

  O modelo usado pela facilitadora é o mesmo utilizado na Justiça Restaurativa - uma roda de diálogos - que visa intermediar conflitos entre as partes para solucionar problemas das comunidades, com uma equipe multidisciplinar envolvendo advogados, psicólogos, assistentes sociais, mediadores, a comunidade e outros fazendo com que as questões sejam solucionadas sem utilizar os mecanismos da justiça comum, formal. 

  O conceito de justiça restaurativa é justumanete uma contraposição à concepção tradicional da justiça punitiva-retributiva. Isto é, resolver os conflitos de forma amigável, consensual, sem a centralidade das figuras do Estado (punidor), da pena e da atribuição da culpa como forma de comprensar as consequências do delito. Restaurativa, restauração de valores através do entendimento, do consenso, do expor as questões com abertura plena de ambas as partes e da comunidade. 

  Na sala de aula virtual, um grupo de alunos inicialmente narrou suas experiências pessoais (quem eu sou, o self aberto) e alguns deles se emocionaram e até foram às lágrimas, com a sequência do uso de palavras chaves conceituais, a apresentação de objetos e símbolos que marcaram às suas vidas, e por assim seguiu com as mediadoras - a professora e a advogada - numa experiência muito criativa e interessante, onde o "menos se consegue o mais". Isto é, com conteúdo criativo, na opinião do aluno Tasso Franco, se aprende mais.

   Na opinião da advogada Miriam, "a turma que chegou nervosa, curiosa, com expectativas e esperanças, porém, terminou o encontro com calma, leveza, gratidão, paz de espírito, esperança e expectativa pelos próximos momentos dessa oportunidade de fala e escuta com qualidade".

   Imagina-se, pois, deduzindo-se as palavras da advogada que é assim, também, nas rodas de conciliação da Justiça Restaurativa onde as partes chegam nervosas e saem calmas, com acordos estabelecidos. 

  A vivência dessa experiência trouxe a expectativa de novos encontros na Faculdade, o que já vem acontecendo não só nesta matéria, mas em outras.