Bolsonaro defende a eleição com voto impresso
Tasso Franco , da redação em Salvador |
07/01/2021 às 19:30
Presidente do TSE, Luis Roberto Barroso
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, reagiu nesta quinta-feira, 7, às declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre fraudes nas eleições brasileiras. Em nota enviada por sua assessoria, Barroso afirmou que "lida com fatos e provas".
"O presidente do TSE, Ministro Luís Roberto Barroso, lida com fatos e provas, que devem ser apresentadas pela via própria. Eventuais provas, se apresentadas, serão examinadas com toda seriedade pelo tribunal", diz a nota.
Após extremistas invadirem a sede do Legislativo americano para interromper a confirmação da eleição nos Estados Unidos, Bolsonaro voltou a levantar dúvida sobre a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e a pressionar pela adoção do voto impresso. Sem citar diretamente o ataque ao Capitólio, Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o modelo eletrônico pode levar o Brasil a ter um problema pior que os EUA.
"O pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente qual foi o problema, causa dessa crise toda? Falta de confiança no voto. Então lá, o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes, mortos votaram, foi uma festa lá. Ninguém pode negar isso daí", disse Bolsonaro a apoiadores no Palácio da Alvorada, residência oficial. "E aqui no Brasil, se tivermos o voto eletrônico em 2022, vai ser a mesma coisa. A fraude existe."
Mais uma vez sem apresentar provas, o presidente voltou a alegar que as eleições de 2018, da qual saiu vencedor, registraram fraudes que lhe tiraram uma vitória em primeiro turno. Durante visita aos Estados Unidos, em 9 de março do ano passado, Bolsonaro disse que apresentaria provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas, o que nunca fez.
A tese de fraude já foi rebatida pelo TSE, que garantiu a segurança da urna eletrônica. "Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos", disse Bolsonaro nesta quinta