Com informações da Gazeta de Cuiabá
Tasso Franco , da redação em Salvador |
20/07/2020 às 10:19
Mãe e filho
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Patrícia Hellen Guimarães Ramos, mãe da adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14, morta pela amiga com um tiro em um condomínio de luxo na Capital não acredita na versão contada pela família da menor de que a morte seria um acidente. Isabele foi morta em 12 de junho, quando estava na casa de uma amiga, no condomínio Alphaville. Os pais e a amiga são praticantes de tiro esportivo.
“Eu não acredito nisso. Não estou desmentindo o depoimento dela. Mas eu como mãe, não entendo de armas, mas eu acho isso pouco provável. Como o disparo aconteceu justo na cabeça da minha filha? Não poderia ter sido no braço, na perna?”, disse a mãe em entrevista ao Fantástico exibida no domingo (19).
Patrícia conta que sabia que a família praticava tiro, mas não que as armas tinham livre trânsito na casa. “Eu sabia que eram todos praticantes de tiro, mas não sabia que tinha um arsenal em casa e muito menos que armas circulavam na casa de maneira deliberada, muito menos armas carregadas, se não eu nunca teria deixado a minha filha frequentar a casa deles”.
Ela afirma que ao chegar na casa onde a filha foi morta, a encontrou no banheiro, cheia de sangue, e o pai da amiga fazendo massagem cardíaca nela. “Quando eu cheguei ao banheiro a minha filha estava estirada no chão. Eu pensei comigo: por que ele estava fazendo massagem cardíaca se ele sabia que ela estava morta, tinha levado um tiro na cabeça?”.
Para a mãe de Isabela, a verdade precisa ser exposta e os culpados punidos. “Eu não tenho medo da verdade. Só não vou poder conviver com essa dor a minha vida toda sem saber o motivo, o porquê da minha filha ter sido baleada. Eu espero que a polícia descubra tudo e que seja feita a justiça e que essas pessoas que foram irresponsáveis paguem pelo que fizeram”.