Direito

Funtrad e MPT destinam R$500 mil para distribuição de cestas básicas

Outros R$3,6 milhões do Funtrad foram direcionados este mês para a produção de dois milhões de máscaras por cooperativas de costureiras
Ascom MPT Bahia , Salvador | 20/05/2020 às 11:19
Cestas básicas
Foto: Divulgação

Mais R$500 mil do Fundo Estadual de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), que conta com recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) serão aplicados na montagem e distribuição de cestas básicas para famílias carentes atingidas pelos efeitos econômicos da pandemia. A ação integra os esforços do fundo para redirecionar recursos que originalmente seriam empregados no financiamento de projetos de promoção do trabalho digno. Outros R$3,6 milhões do Funtrad foram direcionados este mês para a produção de dois milhões de máscaras por cooperativas de costureiras.

 

“Mantivemos o propósito original do Funtrad, que é custear projetos de estímulo ao trabalho digno em comunidades carentes do estado, só que agora direcionando essa produção para as necessidades que a sociedade apresenta nesse momento de pandemia”, afirmou a procuradora Andréa Tannus, que integra o Conselho Deliberativo do fundo. Ela lembra que dos R$4,95 milhões que o Funtrad reservou para ações de combate ao covid-19, R$4,1 milhões já estão com destino certo. “Estamos buscando outras iniciativas que possam ser beneficiadas com os recursos que ainda estão disponíveis neste momento e que atendam ao propósito de geração de renda para trabalhadores de regiões carentes do estado”, completou.


Os R$500 mil liberados agora serão empregados numa ação conjunta com o Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Funcep), que totalizará aplicação de R$3 milhões e deverá beneficiar 12.500 famílias em situação de insegurança alimentar decorrente dos impactos da pandemia. Serão 37.500 cestas básicas, no período inicial de três meses. A maior parte das comunidades atendidas está localizada no semiárido baiano.


A distribuição das cestas será feita seguindo critérios definidos pelos dois fundos que priorizam as famílias que compõem os empreendimentos econômicos solidários que não produzem alimentos, famílias mais vulneráveis, tais como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, marisqueiras, catadores de materiais recicláveis e demais famílias inscritas no CAD Único. A produção e doação dos alimentos será feita nos territórios onde os centros públicos de economia solidária estão implantados – Litoral Sul, Sertão do São Francisco, Sertão Produtivo, Bacia do Jacuípe, Recôncavo, Salvador, Sisal, Chapada Diamantina, Sudoeste Baiano, Itapetinga, Irecê, Baixo Sul, Piemonte Norte Itapicuru e municípios do Sisal.


Nestes territórios vivem 1.532.174 pessoas em situação de extrema pobreza, 68,7% de todas as pessoas vivendo na mesma situação no estado da Bahia, que registra 2.230.959 pessoas em extrema pobreza.