Revoltados pela falta de acordo coletivo e de reajuste salarial, e ainda convivendo com ameaça de privatização e desemprego, trabalhadores da Embasa e da Cerb farão uma passeata pelas ruas do CAB nesta sexta (13), a partir das 9 horas. Vão encerrar a manifestação com um protesto diante da Governadoria para cobrar explicações sobre a falta de diálogo e pedir esclarecimentos sobre novos rumores de planos para privatizar os serviços de saneamento, justo no momento em que o governo baiano e a sociedade condenam o desmonte da Petrobras, que ameaça desempregar milhares de empregados em nosso estado.

A passeata começa na sede da Embasa, também no CAB, e de qual os empregados reclamam que a diretoria não fecha acordo coletivo e quer reduzir custos, inclusive aumentando a cobrança pela assistência médica, ao mesmo tempo em que defende o uso de recursos privados, revelando que continua em estudo o plano de abertura do capital da empresa. Para os trabalhadores é uma forma de privatizar a água, e como tal seria uma traição, uma vez que o governo tem negado a privatização da Embasa.

No caso da Cerb a queixa é contra a falta de reajuste salarial que já dura quatro anos, com significativa perda do poder aquisitivo do salário. Além disso, permanece o receio de extinção da empresa, que não tem feito o processo de reestruturação que uma comissão de técnicos sugeriu e que o governo aprovou, para garantir a sustentabilidade da empresa, a única que leva água para as comunidades rurais e mais pobres da Bahia.