De cada 3 crianças 1 requer ajuda urgente em nutrição, saúde e educação. Com informações do El Diario de Caracas
Da Redação , Salvador |
08/06/2019 às 10:41
SOS pedem as familias
Foto: El Diario de Caracas
O status social na Venezuela nos adverte que, de cada três crianças na Venezuela, uma necessita urgentemente de assistência nutricional, saúde e educação, revelou hoje o Unicef, que espera obter recursos adicionais para fortalecer suas atividades neste país.
Dos dez milhões de crianças na Venezuela, 3,2 milhões precisam urgentemente dessa assistência básica, bem como de se beneficiar de medidas de proteção para evitar que sejam abusadas e exploradas em face do agravamento da crise.
Segundo os dados fornecidos pela ONU, o aprofundamento da crise teria expulsado mais de 750 mil crianças e adolescentes do sistema escolar.
"Estamos preocupados que a situação atual reduza o acesso (de crianças) a serviços essenciais e aumente sua vulnerabilidade, fazendo com que anos de progresso sejam perdidos", disse em Genebra o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Christophe Boulierac.
"É claro que devemos aumentar nossas atividades", mas o principal obstáculo para isso é que os recursos financeiros são sempre escassos, lamentou.
O porta-voz mencionou a necessidade de "vacinar mais crianças, protegê-las de doenças infecciosas e apoiar sua nutrição", citando apenas algumas áreas em que as crianças venezuelanas enfrentam enormes dificuldades.
O Unicef trabalha na Venezuela sem dificuldades de acesso ou temores de desvio ou mau uso de sua ajuda.
"Estamos livres para trabalhar, mas temos limitações relacionadas principalmente aos recursos que temos", explicou Boulierac.
Desde o início do ano, o Unicef organizou a entrada de 55 toneladas de ajuda à Venezuela, principalmente suprimentos médicos - incluindo material obstétrico, antibióticos e tratamentos contra a malária - que foram distribuídos em 25 hospitais do país.
No ano passado, a ajuda humanitária fornecida pela agência da ONU totalizou 200 toneladas.
O Unicef reconheceu que há uma falta de dados confiáveis sobre a situação social na Venezuela, mas organizações internacionais determinaram que a mortalidade de crianças menores de cinco anos dobrou, de 14 por 1.000 nascidos vivos entre 2010-2011 e 31 por 1.000. Nascido vivo em 2017.
