AGECEF diz que não houve qualquer tipo de racismo como estão a divulgar
Da Redação , Salvador |
27/02/2019 às 18:25
Em nota de esclarecimento em seu site, a Associação de Gerentes da Caixa (AGECEF) Bahia vem a público esclarecer o caso ocorrido no dia 19 de fevereiro, envolvendo o gerente geral da agência Relógio São Pedro, em Salvador, João Paulo, acusado de discriminação racial por um cliente, sem nem sequer ser lhe dado o direito de defesa.
Diante da gravidade dos fatos, a Associação lembra que é preciso, antes qualquer hipótese de formação de juízo de valor, apurar devidamente o ocorrido, o que foi feito por parte da diretoria durante toda esta terça-feira, 26 de fevereiro de 2019, quando o caso tomou proporções nacionais.
Ao analisar o vídeo, fica claro que o mesmo está editado, ao que parece, para suprimir aquilo que não interessa ao denunciante.
Chama a atenção também o fato de as imagens só terem sido divulgadas dias depois da ocorrência, com os devidos cortes e legendas, feitas pelo próprio reclamante. A gravação é, portanto, fraudulenta, manipulada, além de ser não-autorizada, e tem o único objetivo de manchar a imagem do banco e do seu quadro de pessoal. Atitude que reforça a intenção de desgaste perante a sociedade.
Vale destacar ainda que em momento algum, o gerente autorizou o uso da força policial na agência. No vídeo, usado de forma indevida, o empregado está ao telefone em conversa com a GISEG (Gerência Regional de Segurança), tratando de garantias à sua integridade física numa eventual necessidade de se deslocar até à delegacia, pois mesmo tendo recebido tentativas de intimidação por parte do reclamante, desejava um desfecho administrativo para o caso.
Fato que dá para observar no vídeo, mesmo com edição, se analisado cuidadosamente.
A AGECEF reafirma que as imagens mostram apenas o lado de um dos envolvidos no episódio. Importante atentar que o cliente estava filmando toda a ação, desde que chegou à agência, por volta das 10h do dia 19 de fevereiro. E que ao contrário de sua alegação, não ficou aguardando por atendimento, pois atendido às 10h37, conforme a senha que lhe foi disponibilizada, e este atendimento durou 1h22, pois foi realizado com toda dedicação.
Essa contradição entre os fatos e o relato do reclamante, levanta a suspeita de uma premeditação da ação. Depois de horas pressionando o gerente Pessoa Física, em uma espécie de tortura psicológica, por uma solução imediata, o que era impossível, já que alguns problemas demandam prazo e o reclamante já havia recebido uma resposta da Ouvidoria da Caixa, o gerente geral o chamou para tentar uma solução, também sem sucesso.
Ao chegar à unidade, por volta das 17h, os policiais tentaram convencê-lo a se retirar do local. Conversa que durou até às 18h30. Foi quando o próprio cliente disse que sairia se o gerente fosse para a delegacia com ele. Como o pedido foi negado pelo empregado, o reclamante pediu que o policial desse "seu jeito" para retirá-lo da agência.
Durante toda conversa, em momento algum foi proferida qualquer palavra que insinuasse discriminação racial. Por isso, a cautela, neste momento, é imprescindível. O cenário nacional é difícil e os discursos de ódio dominam as ações de parte da população. Mas, é preciso atentar para as vidas humanas e deixar que a Justiça faça o seu devido papel, ouvindo todos os envolvidos e averiguando as provas que vão além das imagens divulgadas amplamente em rede nacional.
Outros vídeos foram gravados e no local existiam pelo menos mais 10 pessoas presenciando os fatos e que podem confirmar o que realmente aconteceu. Toda ocorrência pode ser constatada ainda pelo circuito de interno de câmeras, com toda movimentação filmada dentro da unidade.
A Associação de Gestores da Caixa lamenta o ocorrido e lembra que é contra qualquer tipo de discriminação e ciente da sua responsabilidade perante a sociedade, está à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Redação AGECEF/BA