Devido a não possibilidade de acesso aos passaportes, os velejadores Daniel Guerra, Rodrigo Dantas e Daniel Dantas ainda não tem previsão de retorno ao Brasil. Eles foram soltos na última quinta-feira (07) após cumprirem pena de 18 meses de prisão em Cabo Verde.
Os brasileiros são inocentados pelo inquérito da Polícia Federal brasileira frente à existência de droga no barco que transportavam na modalidade de serviço delivery, droga essa que estava localizada em local de impossível acesso por parte dos velejadores contratados. O documento desvinculou qualquer participação dos velejadores no crime, na evolução de comprar, transitar ou esconder a droga no barco. Eles declaram não ter a menor ideia da existência de drogas escondidas em espaços criados entre os tanques e o casco do barco.
Com a decisão eles podem aguardar os próximos trâmites jurídicos em liberdade. A possibilidade de voltar ao país de origem para aguardar o andamento do processo é encarada com alegria pelos três e seus familiares, que há meses aguardam seu retorno. Porém, ainda não há previsão para a liberação dos passaportes de Daniel Guerra, Rodrigo Dantas e Daniel Dantas, indispensável para que os mesmos possam retornar.
Em função disso os velejadores só darão entrevista novamente quando estiverem em solo brasileiro. Eles aguardam a liberação dos passaportes por parte da Polícia Judiciária de Cabo Verde e enquanto não verem concretizada a volta não farão pronunciamentos. As famílias e amigos no Brasil esperam ansiosos a liberação dos documentos que os permitam sair de Cabo Verde.
Relembre
Eles foram presos em 2017 e condenados há 10 anos, em um processo no qual a justiça cabo-verdiana desconsiderou testemunhas brasileiras e um inquérito feito pela Polícia Federal brasileira que apontava que os velejadores desconheciam o transporte da droga. A sentença foi anulada em janeiro de 2019 e o processo voltou para a 1ª Instância da justiça do país.
No dia 4 de fevereiro de 2019 os velejadores receberam um documento que os informava que o processo tinha caído da 2ª para a Primeira Instância, sendo recebido pelo juiz Antero Tavares, o mesmo que os condenou a dez anos de prisão. No dia 7 o juiz Antero Tavares emitiu uma documentação determinando a soltura deles de acordo com o Código de Processo Penal do país, conforme os apontamentos feitos pelos advogados das partes.
A soltura dos velejadores não significa que foram inocentados, mas sim que poderão aguardar os trâmites legais em liberdade. Ainda não se sabe quais serão os próximos passos da Justiça de Cabo Verde, onde o processo segue em 1ª Instância, sem indicativo de data de novo julgamento.