Direito

Escrevente Tabelionato Notas Canavieiras é denunciada por falsificação

Escrevente do Tabelionato de Notas de Canavieiras é denunciada por falsificação de documentos
MP , Bahia | 05/02/2019 às 12:12
Escrevente do Tabelionato de Notas com função em protestos da comarca de Canavieiras, Alexandra Campos Vasconcelos foi denunciada à Justiça pela prática de diversos crimes, dentre eles falsificação de documento público. Segundo a promotora de Justiça Mayanna Ribeiro, investigações constataram que a escrevente efetivou a transmissão irregular de imóveis realizando cobranças, a título de tributos, sem recolher os impostos e taxas aos cofres públicos. 

Além disso, ela inseriu dados falsos em documentos públicos, recebeu vantagem indevida para providenciar escrituras públicas, falsificou e realizou montagens de escrituras e ocultou folhas soltas de livros contendo matrículas de imóveis em benefício dela ou de outras pessoas. Alexandra Vasconcelos foi denunciada ainda por falsidade ideológica, supressão de documento público, peculato, corrupção passiva e crime contra a ordem tributária.

A escrevente está presa desde o dia 16 de janeiro, quando foi dado cumprimento a mandado de prisão temporária, posteriormente convertida em preventiva, e realizada ação de busca e apreensão na residência dela. Naquele momento, Alexandra Vasconcelos foi flagrada com algumas escrituras públicas e folhas soltas de livros contendo matrículas de imóveis registrados no cartório. O Ministério Público estadual, explica Mayanna Ribeiro, manifestou-se pela prisão temporária em razão de recebimento de notícia crime dando conta da falsificação de três escrituras.

 Depois, também se manifestou pela preventiva. Hoje, dia 4, foi indeferido o pedido de revogação da prisão de Alexandra. Ela chegou a confessar as práticas delituosas à Polícia, afirmando que, desde 2013, fez inserir em documentos públicos dados errados, falsificando escrituras públicas e apropriando-se de valores, deixando de recolher aos cofres públicos o valor dos tributos. Também confessou que levava matrículas originais para casa e as ocultava, utilizando depois os dados para falsificar documentos.