Direito

Mulheres são presas por levar celulares e drogas para presídios na BA

Com informações do MP BA
Da Redação , Salvador | 14/12/2018 às 14:14
Operação coordenado pelo MP
Foto: MO
Uma operação para reprimir a introdução de drogas e aparelhos celulares por visitantes de estabelecimentos prisionais baianos foi deflagrada pelo Ministério Público estadual. Denominada “Operação Metatheria”, a ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em conjunto com a Coordenação de Monitoramento e Avaliação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap). 

Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nos estabelecimentos prisionais de Salvador e cinco mulheres foram presas temporariamente. Elas atuavam a serviço de uma facção criminosa com atuação no estado. As informações sobre a operação foram concedidas à imprensa em entrevista coletiva realizada às 11h na sede do MP, no bairro de Nazaré, em Salvador. A coordenadora do Gaeco, a promotora de Justiça Ana Emanuela Meira, falou sobre a operação para Rádio MP da Bahia. 
 
Os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária foram expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro da Capital em desfavor de internos de estabelecimentos penais de Salvador e Lauro de Freitas e de mulheres cadastradas como visitantes que atuavam para a facção criminosa, introduzindo drogas e celulares em cavidades do próprio corpo para adentrar os presídios. 

Além das unidades prisionais, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências das mulheres e familiares dos detentos, localizadas nos bairros de Pituaçu, Brotas, Boca do Rio, Lobato, Vila Verde, em Salvador; Caji, em Lauro de Freitas, e Jaúa, em Camaçari.  
 
Segundo o Gaeco, o objetivo do grupo com essas ações ilícitas era facilitar a comunicação de lideranças da organização criminosa com seus comandados e aumentar seus ganhos financeiros por meio de um rentável comércio de drogas no interior dos estabelecimentos penais. Com o cumprimento dos mandados de busca nas residências das visitantes e nas celas ocupadas pelos detentos, foram apreendidas drogas e materiais relacionados ao tráfico de entorpecentes, armas, aparelhos celulares, chips e escritos relacionados aos crimes investigados. 

A promotora de Justiça Ana Emanuela Meira afirmou que operações como a realiazada hoje enfraquecem as facções criminosas, pois minam a capacidade de articulação de seus integrantes, rompendo o fluxo de informações que organiza os negócios ilícitos. Ela informou que as cinco mulheres e os oito detentos vão responder por crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e introdução de aparelhos celulares em unidades prisionais.  
 
A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e da Unidade de Monitoramento da Pena e da Medida de Segurança (UMEP) do do MPBA, além da Polícia Militar do Estado da Bahia, por meio dos Comandos de Policiamento Especializado (CIPE/Polo, CIRP e Patamo) e dos Comandos Regionais (Atlântico, BTS e RMS), que auxiliaram no cumprimento dos mandados.
 
Participaram da operação sete Promotores de Justiça e 12 agentes policiais do Ministério Público do Estado da Bahia, 11 agentes da Coordenação de Monitoramento e Avaliação e oito agentes do Grupo Especial de Operações Prisionais da SEAP, além de 78 policiais militares.