Direito

JUSTIÇA DE GOIÁS DECRETA PRISÃO PREVENTIVA DO MÉDIUM JOÃO DE DEUS

Força-tarefa do MP-GO recebe mais de 300 mensagens em canais de denúncias contra médium
Da Redação , Salvador | 14/12/2018 às 13:14
João de Deus é acusado de assédio sexual
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  A Justiça de Goiás decretou a prisão preventiva de João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. Ele é acusado de abuso sexual por mulheres que buscaram atendimento na casa. Relatos reunidos até o momento indicam que, depois da sessão, o médium ofereceria para as supostas vítimas atendimento particular, momento em que os abusos seriam cometidos. 

A força-tarefa instituída pelo Ministério Público de Goiás para apurar as acusações de abuso sexual feitas contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, recebeu desde o dia 10, quando foi criado o e-mail para recebimento de denúncias de vítimas, um total de 330 mensagens e contatos por telefone.

O e-mail específico para essa finalidade é o denuncias@mpgo.mp.br. Os atendimentos são de denunciantes de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.

A força-tarefa instituída pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, é formada por cinco promotores e duas psicólogas da equipe do MP para integrarem a força-tarefa. O grupo é composto pelo promotor de Justiça Steve Gonçalves Vasconcelos, que está em substituição da Promotoria de Abadiânia, onde os fatos teriam acontecido e onde tramitarão eventuais ações penais; o coordenador e o coordenador adjunto do Centro de Apoio Operacional (CAO) Criminal do MP, Luciano Miranda Meireles e Paulo Eduardo Penna Prado; a coordenadora do CAO dos Direitos Humanos, Patrícia Otoni, e a promotora Gabriella de Queiroz Clementino, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As psicólogas são as servidoras Liliane Domingos Martins e Lícia Nery Fonseca.

O procurador-geral de Justiça também encaminhou no dia 11 um ofício-circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs Estaduais e do Distrito Federal solicitando que sejam designadas unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium. (Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)