Chega de humilhação! Boné, bota, água mineral, assalto e cheques devolvidos são cobrados
KM , Salvador |
21/06/2018 às 09:59
Nova assembleia acontece nesta quinta, 21
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As negociações da Campanha Salarial 2018/2019, entre o Sinposba, sindicato dos trabalhadores, e o Sindicombustíveis, sindicato dos empresários revendedores de combustíveis, emperraram. Após 5 rodadas de negociações não foi possível chegar a um acordo para assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho- CCT. Nova mediação acontece nesta quinta, 21 de junho, na SRTE, Rua Weverton Visco 190, atrás do posto Sumaré.
Segundo o presidente do Sinposba "os patrões insistem na legalização da precarização das condições de trabalho nos postos da Bahia. Fazem chantagem e mantêm a proposta imoral de que só assinam a Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, se a Diretoria do Sinposba aceitar a terceirização em todas as atividades dos postos, trabalho intermitente, 1,5% 9 (Um e meio por cento) de reajuste salarial e 0% (Zero) de ajuda alimentação".
Para Antonio Lago, presidente do Sinposba, este tipo de proposta é inadmissível e desrespeitosa. "Não vamos aceitar essa imposição, não seremos escravos; queremos ter nossos direitos reconhecidos. Esses patrões não respeitam os trabalhadores e trabalhadoras que garantem, com suas mãos de obra, os lucros de um comércio que não perde nunca e não tem prejuízo algum,” disse.
Diz Lago que "os proprietários dos postos de combustíveis do estado da Bahia são péssimos patrões. Enquanto obtém lucros astronômicos nas bombas e em serviços, se recusam a negociar algumas reivindicações apresentada pelo Sinposba, que contempla, além do reajuste salarial e da ajuda alimentação, a revisão de injustiças, como o pagamento correto pelos domingos trabalhados e o desconto nos salários pelos assaltos sofridos. Camuflam o desconto indevido com o artifício fraudador de adiantamento de salário".
A categoria é muita humilhada; não possui ticket alimentação e é a única categoria na cadeia do petróleo que não tem plano de saúde; o Sinposba impetrou ação na justiça e aguarda sentença. Na capital e no interior a situação é caótica; a
grande maioria dos patrões no interior do estado não cumpre direitos trabalhistas, não fornece transporte, uniformes e equipamentos de proteção individual e coletiva. Na maioria dos postos as instalações são precárias.