Jovens entre 14 e 21 anos em situação de trabalho de rua nos sinais da capital participaram de cursos profissionalizantes no Senai
Da Redação , Salvador |
20/04/2018 às 19:11
Projeto sinaleira
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“Hoje eu me sinto mais realizada por terem me dado essa oportunidade única de participar desse projeto e me profissionalizar”, destacou a jovem Saionara Santiago, que recebeu hoje, dia 20, na sede do Ministério Público estadual, em Nazaré, o certificado do ‘Projeto Sinaleira’, que capacita adolescentes entre 14 e 21 anos em situação de trabalho de rua nos sinais da capital.
O projeto, iniciativa conjunta do Ministério Público estadual, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Prefeitura Municipal de Salvador, formou hoje a 4ª turma e certificou 50 novos alunos. “Hoje é um momento de celebração e alegria. Vamos nos esforçar para que esse projeto continue oferecendo oportunidades para mais jovens”, destacou a promotora de Justiça Márcia Rabelo. O ‘Sinaleira’ conta com a parceria da Fundação José Silveira (FJS) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Os alunos foram capacitados em ambiente de trabalho simulado pelo Senai, com aulas teóricas e práticas de cursos como confeitaria e panificação. O projeto conta também com a atuação de empresas parceiras que contratam os adolescentes durante o período de formação. “Eu ia desistir, mas o grupo me incentivou e fui seguindo em frente. Por isso agradeço a todos pelo apoio e oportunidade que me deram”, afirmou o jovem Carlos Roberto Assis Gomes. A cerimônia de entrega dos certificados contou com a presença dos adolescentes, de profissionais da equipe técnica e representantes do MP, Senai e SRTE.
“Somos facilitadores desse projeto, mas o mérito é dos nossos alunos. Foi uma caminhada desafiadora, mas temos sempre que celebrar cada conquista”, ressaltou Ana Valéria Scavuzzi, do Senai. O estudante Felipe Souza destacou que “esse foi o primeiro curso técnico que contribuiu com meu desenvolvimento profissional e psicológico. Só tenho a agradecer”. O ‘Projeto Sinaleira’ foi criado em 2010 a partir de um diagnóstico produzido em 29 sinaleiras da capital baiana, que constatou que nestes locais, crianças, adolescentes e seus familiares trabalhavam de maneira precária e informal.