Indicadores, metas e serviços oferecidos na maternidade do Hospital de Simões Filho foram discutidos durante reunião do Rede Cegonha, projeto que reúne profissionais de saúde e promotores de Justiça com o objetivo de discutir as deficiências estruturais da rede e aprimorar o atendimento das gestantes nas maternidades públicas. 

A reunião foi conduzida pela promotora de Justiça Mirella Brito, coordenadora do projeto, que dividiu a mesa do encontro com a promotora de Justiça Márcia Munique Andrade de Oliveira, que atua em Catu. Na ocasião, Mirella Brito anunciou que o projeto será aberto para todo o estado da Bahia. “Solicitaremos às maternidades dados relativos ao número de leitos abertos desde março de 2017, quando aconteceu nossa primeira reunião, reformas realizadas nas unidades e número de gestantes atendidas em cada hospital, entre outros aspectos”, destacou. Ela complementou ainda que neste mês de março serão iniciadas as visitas às maternidades da Região Metropolitana de Salvador para verificar aspectos estruturais e de atendimento nas unidades.

A situação da maternidade do Hospital de Simões Filho foi apresentada pela diretora médica do Hospital, Elizabeth Dantas. Fundado em dezembro de 1996, a unidade possui 59 leitos de internação e realizou 1.369 partos de janeiro a dezembro, o que deu uma média de 115 partos por mês. Destes, cerca de 28% foram cesarianas. Segundo Elizabeth Dantas, este ano, a maternidade passou a permitir a presença de acompanhantes no trabalho de parto. 

O hospital possui também emergência pediátrica; emergência adulto, ortopedia e cirurgia; centro cirúrgico e obstétrico; e duas enfermarias, sendo uma de clínica médica geral e outra da maternidade. A diretora médica destacou que os próximos desafios são a garantia da presença de acompanhante para 100% das gestantes e a humanização da equipe, além de incentivar que as gestantes se fidelizem ao hospital. A diretora de Atenção Básica de Simões Filho, Iridan Brasileiro, apresentou as diretrizes do Município como a organização do pré-natal e a vinculação da gestante, que consiste na definição do local de parto para gestantes de risco habitual e alto risco, visita a maternidade durante o 3º trimestre e prioridade para o agendamento de bebês e puérperas de risco.