A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou hoje as informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, que mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador permaneceu estável em 23,7% da População Economicamente Ativa (PEA), entre setembro e outubro de 2017. De acordo com suas componentes, também não houve variação das taxas de desemprego aberto e oculto, que permaneceram em 16,7% e 6,9%, respectivamente. A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.
O contingente de desempregados foi estimado em 458 mil pessoas (mais 2 mil em relação ao mês anterior). Este resultado decorreu da elevação do nível de ocupação (0,5%, ou geração de 7 mil postos de trabalho) ter sido insuficiente para absorver o aumento da PEA (0,5%, ou o ingresso de 9 mil pessoas na força de trabalho da região). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – oscilou positivamente de 57,0%, em setembro, para 57,2%, em outubro.
No mês de outubro, o contingente de ocupados elevou-se em 0,5%, sendo estimado em 1.476 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve acréscimo nos Serviços (1,0% ou 9 mil) e na Indústria de transformação (2,8% ou 3 mil), enquanto declinou o contingente na Construção (-4,0% ou -5 mil) e, de modo menos intenso, no Comércio e reparação de veículos (-0,7% ou -2 mil).
Segundo posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados reduziu-se (-1,7% ou -16 mil), com decréscimo no setor privado (-1,7% ou -14 mil) e no setor público (-1,5% ou -2 mil). No setor privado, houve retração no número de empregados com carteira de trabalho assinada (-2,6% ou -19 mil) e aumento no daqueles sem registro em carteira (5,9% ou 5 mil). Houve, ainda, aumento no número de trabalhadores autônomos (6,3% ou 20 mil) e, em menor proporção, no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (3,3% ou 3 mil) e não variou o contingente de empregados domésticos.
Entre agosto e setembro de 2017, diminuiu o rendimento médio real dos ocupados (-1,0%) e dos assalariados (-1,2%). Em valores monetários, passaram a equivaler a R$ 1.476 e R$ 1.531, respectivamente.
A massa de rendimentos reais retraiu-se entre os ocupados (-1,2%) e os assalariados (-2,6%). No caso dos ocupados, este comportamento derivou do decréscimo do rendimento médio real, uma vez que o nível de ocupação pouco variou; já entre os assalariados, deveu-se às reduções do emprego e do salário médio real.
Comportamento em 12 meses - Entre os meses de outubro de 2016 e de 2017, a taxa de desemprego total na RMS declinou, ao passar de 25,2% para 23,7% da PEA. Esse resultado decorreu de reduções das taxas de desemprego aberto (de 17,5% para 16,7%) e oculto (de 7,7% para 6,9%).
O contingente de desempregados diminuiu em 31 mil pessoas. Tal comportamento deveu-se ao aumento do nível de ocupação (1,7% ou mais 24 mil postos de trabalho) simultaneamente à variação negativa da População Economicamente Ativa − PEA (-0,4% ou menos -7 mil pessoas na força de trabalho da região). A taxa de participação diminuiu de 58,5% para 57,2%.
Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 1,7%, ao passar de 1.452 mil para 1.476 mil pessoas. Setorialmente, houve aumento na Construção (7,1% ou 8 mil), nos Serviços (1,5% ou 14 mil) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (1,4% ou 4 mil) e estabilidade na Indústria de transformação.
Segundo posição na ocupação, nos últimos 12 meses, diminuiu o emprego assalariado (-6,3% ou -63 mil), devido ao decréscimo no setor privado (-7,8% ou -67 mil), já que no setor público houve pequeno acréscimo (1,5% ou 2 mil). No setor privado, reduziu-se o número de assalariados com carteira assinada (-7,6% ou -58 mil) e sem carteira (-9,1% ou -9 mil). Houve aumento no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (58,3% ou 35 mil) e no contingente de trabalhadores autônomos (24,2% ou 66 mil) e retraiu-se o número de empregados domésticos (-11,1% ou -14 mil). Entre setembro de 2016 e 2017, o rendimento médio real aumentou para os ocupados (3,7%) e, em menor proporção, para os assalariados (0,7%). Nesse período, houve aumento na massa de rendimentos reais dos ocupados (5,9%) e redução na dos assalariados (-2,7%). No caso dos ocupados, o resultado deveu-se aos acréscimos no nível de ocupação e no rendimento médio real. Em relação aos assalariados, o resultado decorreu da retração no nível de emprego, já que o salário médio real cresceu.