Direito

Polícia Federal concluiu que família GEDDEL é uma associação criminosa

Situação a cada dia mais complicada para a familia dos Vieira Lima
Da Redação , Salvador | 28/11/2017 às 16:44
As malas do bunker de Geddel
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  Segundo o Portal Terra, a Polícia Federal concluiu que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o deputado federal e irmão dele, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), a mãe dos dois, Marluce Vieira Lima e mais duas pessoas cometerem crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro na investigação referente à apreensão de 51 milhões de reais em um apartamento ligado à família Vieira Lima em Salvador.

Essa foi a maior apreensão em dinheiro vivo da história da PF. O resultado da operação poderá ser usado pela Procuradoria-Geral da República para oferecer denúncia contra os investigados, pedir o arquivamento do caso, se entender que não há indícios, ou ainda pedir novas diligências complementares à apuração.


As conclusões da polícia, que constam de um relatório de 36 páginas encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, afirmam que o grupo uniu-se para a prática de dissimular a origem de recursos apreendidos "decorrentes de atividades ilícitas".

ASSESSOR DE LÚCIO VIEIRA LIMA

ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta terça-feira (28) a prisão domiciliar do ex-assessor da Câmara Job Ribeiro Brandão, que atuava no gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima – irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Brandão também foi liberado por Fachin de usar tornozeleira eletrônica.

Job Ribeiro Brandão pediu ao Supremo a revogação da prisão domiciliar no dia 17. Na última sexta-feira (24), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge , também pediu a liberdade provisória do ex-assessor.

O ex-funcionário de Lúcio Vieira Lima está tentando fechar delação premiada com o Ministério Público e já se colocou à disposição para entregar o que sabe sobre o episódio dos R$ 51 milhões.

O ex-assessor de Lúcio Vieira Lima está em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, porque teve as digitais identificadas pela Polícia Federal em parte dos R$ 51 milhões apreendidos em setembro no apartamento em Salvador que, segundo as investigações, era usado como uma espécie de "bunker" de Geddel.

Em depoimento à Polícia Federal, Brandão afirmou que ajudou a destruir provas a mando de Geddel e Lúcio Vieira Lima; que a mãe dos dois guardava dinheiro vivo no closet; e e que ele devolvia parte do salário pago pela Câmara à família Vieira Lima. A mãe dos irmãos Vieira Lima disse que Ribeiro "contou inverdades" no depoimento à Polícia Federal.