O Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio e da Moralidade Administrativa (Gepam), do Ministério Público da Bahia, está apurando as denúncias de dilapidação do patrimônio, assédio moral e desvio de funções relativas ao Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia, o antigo Derba, extinto em fevereiro de 2015, pela reforma administrativa do governador Rui Costa. Para isso, a 12ª Promotoria de Justiça e Assistência do MP baiano convocou a Secretaria Estadual de Administração (SAEB) a fim de prestar esclarecimentos em audiência marcada para a próxima terça-feira (dia 26), às 11 h, em sua sede, no bairro de Nazaré, em Salvador.
Segundo o presidente da Asderba/Sindicato, Nilton Borges Ramos, ao ser extinto, depois de quase cem anos de atuação em que planejou, construiu, manteve e conservou quase 20 mil kms da malha rodoviária do Estado, o Derba deixou um patrimônio avaliado em R$ 40 bilhões, em estradas, pontes, viadutos e 20 Residências de Conservação e Melhoramentos estrategicamente localizados no interior da Bahia.
Parte deste patrimônio foi doada aos consórcios municipais. São justamente os critérios dessas doações que estão, agora, na mira do MP. A promotora Patrícia Kathy Azevedo Medrado Alves Mendes oficiou ainda a Superintendência de Infraestrutura de Transportes (SIT) a informar, num prazo de cinco dias úteis, cópia dos processos de licitação para a contratação de serviços de manutenção das rodovias em todo o Estado.