Admite-se que Geddel será encaminhado para a Penitenciária da Papuda
Da Redação , Salvador |
08/09/2017 às 09:45
Agentes da PF chegam ao prédio de Geddel no Chame-Chame
Foto: Reprodução TV BA
na manhã desta sexta-feira, 8, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) foi levado por policiais federais do apartamento no condomínio Pedra do Valle, no Jardim Apipema, em Salvador, onde mora. A PF solicitou a prisão preventiva, o que foi endossado pelo Ministério Público Federal (MPF). A ação é coordenada pela superintendência da PF em Brasília.
O peemedebista, que cumpria prisão domiciliar, saiu do edifício sentado no banco traseiro de uma viatura logo depois de agentes chegarem em seu imóvel. Ele foi levado para uma área do Aeroporto Internacional de Salvador. De lá, Geddel deve será levado para Brasília. Ainda não há informações se ele deve conduzido para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde já esteve preso, ou para a sede da PF.
Alguns agentes da PF ainda continuaram no prédio após Geddel ser conduzido. De acordo o jornal Folha de S. Paulo, eles fizeram buscas na casa da mãe do ex-ministro, Marluce Quadros Vieira Lima, que mora no mesmo edifício. A suspeita é que o peemedebista tenha guardado algum documento no imóvel.
O coordenador-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Gustavo Ferraz, também foi preso na operação. A Prefeitura de Salvador foi procurada pelos telefones da assessoria de comunicação, mas ninguém foi localiza
LEIA A ÍNTEGRA DA ORDEM DE PRISÃO
As investigações da Cui Bono apontam que o peemedebista, valendo-se de seu cargo na Caixa, "agia internamente, de forma orquestrada", para beneficiar empresas com liberações de créditos dentro de sua diretoria e fornecia informações privilegiadas para os outros integrantes "da quadrilha que integrava", entre eles o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O pedido de prisão cumprido nesta sexta-feira foi apresentado pela PF e, posteriormente, acabou endossado pelo Ministério Público Federal (MPF), com base na apreensão de R$ 51 milhões em um apartamento que havia sido emprestado a Geddel por um amigo do ex-ministro.
O argumento dos investigadores para solicitar que o ex-ministro retorne para a cadeia é o eventual risco de "destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos". Além disso, a PF identificou risco de fuga depois da divulgação da apreensão do dinheiro.
A assessoria do MPF informou ainda que a nova fase da Cui Bono busca apreender provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.