Veja também nota do Tribunal de Justiça
Da Redação , Salvador |
17/10/2016 às 18:40
Leonor da Silva Abreu
Foto: TJ
O deputado Luciano Ribeiro apresentou Moção de Pesar pelo falecimento da juíza Leonor da Silva Abreu, ocorrido na noite do último sábado (15-10), na cidade Vitória da Conquista, vítima de aneurisma na aorta. Doutora Leonor, como era conhecida, é natural de Salvador e atuou por décadas como juíza titular da comarca de Brumado.
Como advogado, o deputado teve a oportunidade de atuar sobre a jurisdição de Dra. Leonor por muitos anos e em diversas comarcas, e sempre percebeu a magistrada proba, competente e, acima de tudo, humana. Neste momento de grande perda, se solidariza com os familiares, amigos, colegas de trabalho ao tempo em que deseja que Deus possa confortar, trazendo força, fé e esperança.
MOÇÃO
A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia faz inserir, na ata dos seus trabalhos, MOÇÃO DE PESAR, pelo falecimento da juíza Leonor da Silva Abreu, ocorrido na noite do último sábado (15-10), no Hospital Samur, na cidade Vitória da Conquista, vítima de aneurisma na aorta. O quadro exigiu uma cirurgia de emergência, mas após o procedimento cirúrgico, o seu estado se agravou e o corpo médico constatou falência múltipla dos órgãos.
Doutora Leonor, como era conhecida, é natural de Salvador e atuou por décadas como juíza titular da comarca de Brumado. Em 2011, ela recebeu o reconhecimento pelos relevantes serviços prestados no município, quando foi homenageada, com a maior honraria concedida pela Câmara de Vereadores, o título de cidadã brumadense.
Leonor Abreu é pessoa pública muito conhecida e conceituada em Brumado e região, tinha uma intensa carga de trabalho, além de atuar na comarca de Brumado tendo cerca de 12 mil processos, ainda atuava como juíza substituta em Presidente Jânio Quadro, Condeúba e por último assumiu no período eleitoral, 93ª Zona Eleitoral, que agrega os municípios de Caculé, Ibiassucê e Rio do Antônio. Casada com o médico Marcondes Abreu, com quem teve três filhos, a magistrada era cunhada do reconhecido médico Marlúcio Abreu.
Como advogado tive a oportunidade de atuar sobre a jurisdição de Dra. Leonor por muitos anos e em diversas comarcas, nela sempre percebi a magistrada proba, competente e, acima de tudo, humana. Neste momento de grande perda, nos solidarizamos com os familiares, amigos, colegas de trabalho ao tempo em que desejamos que Deus possa confortar os nossos corações, nos trazendo força, fé e esperança na passagem para a vida eterna.
Dê-se conhecimento desta Moção à família, em nome do seu esposo Marcondes Abreu; à Câmara de Vereadores de Brumado e ao Fórum de Brumado.
Sala das Sessões, 17 de outubro de 2016.
Deputado Estadual Luciano Ribeiro
NOTA DO TJ
Com 39 anos dedicados à magistratura, a juíza Leonor da Silva Abreu não resistiu, ao sentir-se mal, e mesmo passando por cirurgia de emergência no coração, deixou saudades entre os familiares e jurisdicionados das comarcas onde trabalhou.
O falecimento, devido às complicações cardíacas, entristeceu a comunidade de Brumado, no Sudoeste, onde a juíza Leonor da Silva Abreu trabalhava desde 1988, e residia com o marido, o médico Marcondes Rodrigues Abreu.
A filha da magistrada, também juíza, Márcia Abreu, da 4ª. Vara Cível de Vitória da Conquista, no Sudoeste, disse o quanto as ações positivas da mãe a influenciaram. “Foi meu exemplo para tudo, tanto que segui a mesma carreira”, afirmou, ainda abalada.
Bacharela em direito pela Universidade Federal da Bahia, Leonor da Silva Abreu foi nomeada juíza após concurso realizado em 1977 e trabalhou como titular em Rio de Contas, na Chapada Diamantina, e Poções, no Sudoeste, antes de morar em Brumado.
Foi ainda cursando direito na Ufba que conheceu seu marido, na época também estudante de medicina. “Eles participavam do Projeto Rondom, uma iniciativa do governo federal para apoiar comunidades carentes”, disse a filha, juíza Márcia Abreu.
Além da juíza Márcia Abreu, a magistrada deixou dois filhos, ambos médicos, seguindo o exemplo do pai. Embora estivesse em condições de aposentar-se, a juíza preferiu permanecer na ativa com a habitual dedicação ao trabalho.
A pedido da juíza, seu corpo foi enviado para cremação em Salvador. A comarca de Brumado está enlutada com a perda, devido à gratidão da comunidade ao empenho da juíza Leonor Abreu em fazer com que a justiça chegasse a todos os que a procuravam.