Com informações da ADPEB
Da Redação , Salvador |
21/09/2016 às 10:30
Banner da Adpeb
Foto: DIV
O Sindicato dos Delegados de Policia do Estado da Bahia divulgam banner nas redes sociais com o título "Garantindo os Direitos de Todos1" e exige "investigação autônoma, investigação sem ingerência e pela condução exclusiva das nossas ferramentas de investigações".
O alerta é grave e em Assembleia Geral Extraordinária, os Delegados de Polícia Civil da Bahia decidiram entregar os cargos caso o governo não cumpra as exigências da categoria. De acordo com Associação dos Delegados da Polícia do Estado da Bahia (ADPEB), há dez meses a categoria intensificou as investidas de diálogo com representantes da administração com objetivo de avançar em demandas que há anos estão contidas.
De acordo com o presidente da ADPEB, Fábio Lordello, a medida será a última alternativa adotada. “Em novembro, iniciamos as tratativas com o Governo sinalizando que o modelo de gestão que hoje é seguido pela administração é arcaico e não será mais aceito pelos delegados”, ressalta.
A principal reivindicação da categoria é pela autonomia da Polícia Civil. Segundo o representante da classe o atual secretário não pode controlar as ferramentas de investigação criminal por total ausência de amparo legal razão pela qual os mais de 350 delegados presentes aprovaram a suspensão imediata por 40 dias de pedidos a Justiça de interceptações telefônicas.
“A nossa reivindicação é clara: estamos querendo que a lei seja cumprida pela Secretaria da Segurança Pública. A investigação criminal e suas ferramentas são exclusivas da Polícia Civil, conforme assim dispõe a Constituição Federal, a Constituição do Estado da Bahia, Lei Orgânica da Polícia Civil, bem como toda legislação processual penal no que se refere a condução das medidas cautelares, especialmente as que violam os direitos e garantias do direito a intimidade e a privacidade. A lei existe e tem que ser respeitada. Só dessa forma, os delegados terão autonomia e condições de oferecer a sociedade uma repressão qualificada ao crime, o que a atual conjuntura não permite”, finaliza