Com informações da assessorias
Da Redação , Salvador |
30/06/2016 às 11:41
Sandro Régis diz que a situação (se verdadeira) é preocupante
Foto: DIV
Mediante provável atitude do Governo do Estado da Bahia – que visa a demissão de 3.300 vigilantes atuantes em escolas estaduais já neste dia 1º de julho – a Associação Casa do Vigilante repudia este ato insensível e irreparável do governador Rui Costa.
Mesmo alegando cortes financeiros, é notório que a presença desses profissionais nas unidades escolares afugenta a criminalidade, garantindo a segurança de alunos e corpo docente, tornando-se imprescindível a necessidade desse investimento.
O plano do governador prevê esse tipo de segurança apenas para municípios com mais de 100 mil habitantes, o que corresponde a apenas 18 localidades de 417. Já especificamente com relação a Salvador - capital do Estado – os vigilantes serão substituídos por câmeras de segurança. Vale ressaltar, que esse tipo de equipamento não inibe a presença de criminosos e atos ilícitos dentro das escolas, sendo, inclusive, roubados e depredados.
Dessa forma a Associação Casa dos Vigilantes pede o apoio da imprensa e sociedade civil para conscientizar a população da necessidade de que seja garantida a segurança de alunos e professores nas escolas do Estado da Bahia.
LIDER DA OPOSIÇÃO COMENTA
A notícia de que o governo do estado, através da Secretaria da Educação, vai dispensar cerca de 3.300 vigilantes dos quatro mil que fazem a segurança das escolas na Bahia, preocupou o líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Sandro Régis (DEM).
"Se essa medida se concretizar é a prova definitiva de que a educação é um setor relegado pelo governo petista e sem a mínima prioridade", criticou o parlamentar ao ser informado da manifestação que os vigilantes farão nesta sexta-feira, 30, em frente à SEC, no Centro Administrativo, para protestar contra as demissões.
Em nota convocando a categoria, o Sindicato dos Vigilantes da Bahia - Sindivigilantes, informa que a pretexto de reduzir despesas e gerar economia, o governador Rui Costa e o secretário Walter Pinheiro pretendem retirar todos os vigilantes das escolas estaduais em cidades com menos de 100 mil habitantes, já a partir de primeiro de julho, além dos que fazem a segurança nos prédios da SEC e postos como o IAT, permanecendo apenas um segurança por unidade. O deputado alertou que o governo não pode ajustar suas contas e rombos financeiros desempregando milhares de pais de família e afetando a segurança nas escolas.
" Num estado onde o índice de criminalidade é um dos maiores do país, onde escolas são invadidas, depredadas, sem falar no altíssimo índice de estupros registrados, inclusive nos entornos de escolas e faculdades, retirar a vigilância dessas unidades é um ato de irresponsabilidade", ponderou Sandro Régis, lembrando que o medo e a insegurança afetarão não apenas alunos e funcionários, mas também aos pais que não terão tranquilidade em saber que seus filhos passarão boa parte do dia em escolas desguarnecidas.
" Medidas como essa confirmam que o governo da Bahia caminha na contramão dos avanços formulados para o setor educacional e das possíveis soluções que reduzam o impacto da crise que atinge duramente o país. Régis lembrou que em 2015 a totalidade dos municípios baianos apresentaram baixos índices de educação e aprendizado no ensino fundamental público no exame do IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
"Nenhum município baiano atingiu o IDEB 6, mostrando que o ensino na Bahia é um dos piores do Nordeste em níveis educacionais", lamentou, informando que a situação só é pior nos estados do Maranhão, Alagoas e Sergipe. " Estados como o Ceará e Pernambuco possuem dezenas de municípios com IDEB acima de cinco e que chegam até 7,8, enquanto a Bahia ficou no final do ranking", criticou, acreditando que esse quadro só tende a se agravar com a retirada da segurança nas escolas.