Menina baiana de sete anos foi morta há seis meses durante festa em uma escola em Petrolina
Diário de Pernambuco , Petrolina/Juazeiro |
15/06/2016 às 10:58
Beatriz é baiana e foi morta num Colégio em Petrolina
Foto: DP
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se pronuncia nesta quarta-feira sobre a atuação em conjunto de seis promotores de Justiça no caso que investiga o assassinato da menina Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva, no município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.
A entrevista coletiva está marcada para as 15h, na sede das Promotorias de Justiça de Petrolina, com a presença do procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra de Holanda e dos seis promotores de Justiça do Grupo de Trabalho. Juntos, eles vão explicar como se dará esse reforço no caso.
Nesta segunda-feira, os promotores de Justiça começaram a atuar na investigação. Na sexta-feira passada, exatamente seis meses após o crime, o Ministério Público instituiu uma força-tarefa para auxiliar a polícia. A portaria do procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra de Holanda, designando os promotores para o caso foi assinada nesta sexta-feira e publicada no Diário Oficial do Estado do sábado.
Também na sexta-feira passada, o delegado responsável pelo inquérito, Marceone Ferreira, convocou uma coletiva de imprensa, mas não divulgou nenhum avanço das investigações. Há informações não oficiais de que todas as perícias solicitadas pela polícia foram concluídas e entregues ao delegado, com resultados sob sigilo detalhando a maneira como a criança foi morta, podendo identificar quantas pessoas participaram do crime e a identidade dos suspeitos.
No dia cinco de maio, enquanto a Polícia Civil de Pernambuco mantinha o silêncio sobre as investigações, o MPPE divulgou nota de esclarecimento sobre o caso ocorrido dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no Centro de Petrolina. Na ocasião, o MPPE alegava que nenhuma linha de investigação poderia ser descartada .
Confira abaixo:
Diferentemente do que se percebe por alguns títulos das matérias veiculadas sobre o caso Beatriz, de Petrolina, com base em pronunciamento de membro do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), incumbe esclarecer que a colocação do promotor de Justiça responsável pelo caso, foi no sentido de que nenhuma linha de investigação deva ser, nesse momento, descartada.
Ciente da possibilidade de diversas interpretações quanto ao conteúdo das declarações do órgão ministerial, o MPPE deixa clara:
1. a inexistência de acusação voltada a qualquer tipo de religião ou credo; 2. que a responsabilização pela(s) conduta(s) homicidas que levaram à morte uma criança de forma tão estúpida e violenta devam ser imputadas individualmente a seu(s) autor(es) e não a qualquer religião ou credo e;
3. que as investigações ainda estão em curso, portanto nada conclusivo pode ser apontado como causa do homicídio, que sensibilizou o município, Estado e País;
4. que as falhas eventualmente apontadas no procedimento investigatório dizem respeito, em sua maioria, à própria estrutura deficitária e ao método/modelo de investigação consolidada na prática policial em nosso País, não dizendo respeito a atuação individual de seus componentes.
As instituições componentes do aparato de justiça e segurança estão envidando esforços para encontrar a solução do caso, prestando, assim, satisfação à população que clama pela Justiça, neste sentido, prudência e cautela devem pautar a propagação de informações sobre o caso neste momento.