Há mais de 40 anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. A data, que celebra a luta por direitos conquistados, é lembrada pelo Planserv – Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais como uma oportunidade de promoção da saúde física e emocional das mulheres. Neste contexto, especialistas credenciadas ao plano destacam a prevenção como o melhor presente que “elas” podem dar a si mesmas.

De acordo com a ginecologista Vânia Pinheiro Silva, as mulheres contemporâneas estão mais esclarecidas e preparadas, o que lhes garante qualidade de vida e saúde. “Até as mais jovens estão se cuidando mais. Com o aumento da expectativa de vida, é fundamental que as mulheres sejam acompanhadas e façam os exames preventivos com a regularidade necessária”, destacou. 

Para a ginecologista Lusia Metzger, embora a saúde da mulher tenha melhorado nos últimos anos, ainda há quem não se preocupe com a prevenção. “Quanto mais esclarecida é a mulher, mais ela se cuida. Infelizmente, a falta de informação leva algumas a só procurarem ajuda médica quando as doenças já estão em estágio avançado e as chances de sucesso do tratamento são menores”, disse. 

Segundo a especialista, as doenças que mais afetam as mulheres - depois dos problemas cardiovasculares e doenças crônicas, como hipertensão e diabetes - são o câncer de mama, o câncer de pele não melanoma, o câncer do colo de útero e o câncer de ovário. Todos podem ser tratados com grande possibilidade de êxito se descobertos no início. 

Contudo, para que isso aconteça, é preciso insistir na prevenção. “No caso de suspeita de câncer de pele, deve-se procurar logo um dermatologista, mas antes disso é possível se prevenir usando protetor solar, por exemplo. Além disso, é fundamental fazer o exame ginecológico preventivo uma vez por ano e, no caso das mulheres com mais de 40 anos, a mamografia”, pontuou Metzger.

Especialistas concordam que a manutenção de hábitos saudáveis relacionados à alimentação e à prática regular de atividades físicas pode evitar o surgimento de muitas doenças. Abandonar vícios como o cigarro, dormir pelo menos oito horas por dia e ter uma vida equilibrada emocionalmente também podem fazer a diferença.

Aspectos psicológicos – O fato da mulher, além de exercer uma atividade profissional, acumular diversos outros papeis, pode comprometer a saúde. “Há um desequilíbrio na divisão das tarefas domésticas que necessita ser repensada e ajustada entre os membros das famílias”, destaca a psicóloga do Programa de Prevenção do Planserv, Márcia Deocleciano.

A especialista diz que ao exigir de si mesma alta performance profissional e ao mesmo tempo êxito nas tarefas de cuidar da casa, educar os filhos, manter-se bem do ponto de vista estético, entre outras “cobranças”, a mulher pode sentir-se ansiosa, triste e desvalorizada. Além disso, em alguns casos, a “pressão do dia a dia” pode contribuir com o surgimento de problemas mais sérios. 

“A mulher precisa gerenciar o seu tempo de modo a disponibilizar momentos em que possa se cuidar, para elevar sua autoestima e fazer a vida valer a pena. Passar mais tempo com a família e os amigos, fazer uma viagem, passear ou encontrar alguma forma de lazer que lhe agrade são formas de garantir a saúde da alma e tornar a vida mais leve e feliz”, resumiu a psicóloga.