Direito

Sindicatos decidem solicitar execução de TAC contra Grupo A Tarde

Que situação passa o centenário A Tarde
SINJORBA , Salvador | 25/02/2016 às 13:32
protesto de jornalista de A Tarde
Foto: DIV
O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), o Sindicato dos 

Empregados em Jornais do Estado da Bahia (Sadejorba) e o Sindicato dos 

Gráficos da Bahia (Sindgráficos) decidiram encaminhar à Justiça do 

Trabalho pedido de execução do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) 

firmado com o Grupo A Tarde no Ministério Público do Trabalho (MPT) em 

novembro último, relacionado ao pagamento de verbas rescisórias, FGTS e 

demais verbas de 160 trabalhadores demitidos nos meses de dezembro de 

2015 e janeiro de 2016. Os funcionários do Grupo A Tarde realizam 

assembleia nesta quinta-feira, dia 25/2, às 14 horas, para discutir os 

rumos da empresa.



Além da audiência em que foi firmado o acordo, presidida pelo procurador 

Bernardo Guimarães Carvalho Ribeiro, foram realizadas outras três 

reuniões após o TAC ter sido descumprido, e não se chegou a um acordo, 

porque o Grupo A Tarde não indicou um responsável legal para nenhum 

destes encontros. “Pela nossa experiência à frente de tantos casos no 

MPT, é possível verificar se uma empresa está interessada em resolver um 

problema ou se não está preocupada com as consequências”, desabafou o 

procurador, ao mesmo tempo que declarou que os advogados dos sindicatos 

deveriam judicializar a questão.



Ao mesmo tempo, ele informou que a petição feita pelos sindicatos 

incluindo os demais funcionários do grupo ainda não foi juntada ao 

pedido de mediação por atraso na distribuição. O Grupo A Tarde não 

recolhe FGTS desde novembro de 2013, vem pagando salários com atraso 

desde o segundo semestre de 2015 e, recentemente, não vem repassando os 

descontos feitos em folha para o pagamento de débitos com planos de 

saúde, bancos, sindicatos.



Esta situação ocorria desde a gestão da família Simões e vem sendo 

mantida pelos atuais controladores da Piatra Participação SP, que teria 

adquirido a empresa em janeiro último. “Negligência de quem vendeu e 

irresponsabilidade de quem comprou. Como quem vende não prevê o 

pagamento do corpo técnico e quem compra não investe para manter os 

salários em dia”, comentou a procuradora Adriana Holanda Maia Campelo, 

que atuou junto com o procurador Bernardo Guimarães em duas reuniões.



Após a audiência no MPT, os presidentes dos três sindicatos realizaram 

reunião com o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto 

Vasconcelos, para informar sobre o problema vivido pelos ex-funcionários 

e pelos funcionários do Grupo A Tarde e, solicitar apoio institucional 

para a luta que será realizada a partir deste momento.