Com informações de Bonny Silva da Rádio Cultura de Guanambi
Regina Bertolo , Guanambi |
28/12/2015 às 17:33
Hospital precisa melhorar
Foto: DIV
O juiz da Segunda Vara dos Feitos Cíveis, Almir Edson Lélis Lima, determinou que o Estado proceda ações urgentes de melhorias no Hospital Regional de Guanambi, sob pena de multas diárias que, somadas, podem ultrapassar 200 mil reais.
A ação civil pública é da promotora de Justiça,Tatyane Miranda Caires de Mansine Castro, que, acompanhada de técnicos das Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal, inspecionaram a unidade hospitalar ouvindo relatos de funcionários, médicos e da própria direção. A denúncia que suscitou a ação foi do vereador e médico, Agostinho Lira.
O quadro é dramático. Precariedade das instalações, infiltrações, avarias em instalações elétricas, banheiros e lavanderia interditados foram detalhadamente descritos pela promotora que sintetizou o seu sentimento de profunda indignação no corpo da ação. O Hospital atende a uma população de 400 mil pessoas.
A falta de material, medicamentos, higiene e desinfecção de aparelhos para ventilação, fez com que no dia 16 de novembro a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar recomendasse a paralisação do uso de cinco, dos dez leitos de UTI disponíveis.
Desde a última inspeção da Vigilância Sanitária o Hospital Regional funciona sem alvará sanitário, documento essencial para atestar que a unidade hospitalar funciona de acordo legislação sanitária vigente, garantindo condições de higiene sem riscos à saúde da população.
O diretor administrativo do Hospital Regional, Dorisvaldo Lobo,assegurou que o Estado homologou licitação no valor de 800 mil reais para compra de medicamentos para suprir as necessidades. Garantiu também que melhorias já foram implantadas com o serviço recém inaugurado em Parceria Público Privada para realização de tomografia, mamografia e raio x.
A ausência de alvará sanitário se dá pela falta de um diretor técnico que, conforme o diretor, já tem o nome indicado para apreciação do secretário de saúde. O ex-diretor, Ariovaldo Boa Sorte, afirmou que desde 2008 tem solicitado a compra de uma nova lavanderia, dentre outros pedidos, que não foram atendidos.