Foi realizada na manhã de hoje (16), a 4ª Oficina do Pacto pela Vida com Lideranças Religiosas. O encontro reuniu os secretários Geraldo Reis, da pasta da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (Justiça Social), Nestor Duarte, da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SAEP), além do secretário César Lisboa, coordenador geral do Programa Pacto pela Vida. O objetivo da reunião foi estabelecer os procedimentos para a participação das instituições religiosas em projeto piloto de atendimento às famílias dos internos.
O projeto vem sendo discutido e desenvolvido pelos gestores públicos que integram o Pacto pela Vida com a colaboração das lideranças, muitas delas já com experiência no trabalho de ressocialização de apenados do sistema penitenciário. Desta vez, o foco do trabalho proposto às lideranças é o cadastramento e encaminhamento das famílias vulneráveis à rede de atendimento assistencial disponibilizada pelo Estado.
“Estamos fazendo este esforço de aglutinar representantes religiosos, pessoas que se preocupam com o bem-estar das comunidades e famílias. Temos consciência de que o governo sozinho não conseguirá equacionar os problemas da sociedade em sua complexidade. Vivemos hoje os efeitos de um processo de desagregação do tecido social, de falta de referências, falta de identidade e de sentimento de pertencimento dos cidadãos. Queremos juntar forças com essas lideranças, sob a coordenação do secretário César Lisboa. Vamos aprender rápido e coletivamente”, disse o secretário Geraldo Reis.
O secretário Nestor Duarte frisou que “o Estado é laico, mas reconhece a importância de todas as entidades religiosas. Especialmente no período de prisão e pós-prisão, o fortalecimento desse vínculo familiar e religioso é fundamental. Cada uma dessas religiões, ao seu modo, pode colaborar”.
Oficina – Conduzida pela superintendente de 'Políticas sobre Drogas e Acolhimento a Grupos Vulneráveis da Secretaria de Justiça Social, Denise Tourinho, esta 4ª oficina abordou os procedimentos e rotinas para implementar a parceria, que vai envolver o Governo do Estado e as entidades religiosas.
“Este é um trabalho no qual estamos apostando muito. É uma parceria para tratar das famílias de internos, que estão numa situação de vulnerabilidade muito grande. Não se trata de transferir o dever do Estado para as igrejas. Os serviços de atendimento continuam a ser prestados pelo Estado. A parceria que está sendo estabelecida é apenas para acessar, identificar essas famílias, porque o Estado tem dificuldade de chegar a esse público para mapear suas necessidades”, explicou.