Direito

Lauro: liminar derruba lei que pretende vender terrenos públicos

Veja decisão tomada pela Justiça em caráter liminar
Renan Oliveira , Lauro de Freitas | 20/10/2015 às 11:01
Obra no Rio Sapato, em Vilas, paralisada com água empoçada
Foto: BJÁ
A juíza Maria Helena Ribeiro da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Lauro de Freitas concedeu liminar determinando a suspensão dos efeitos do polêmico projeto de lei 029/2014, aprovado em setembro pela Câmara Municipal da cidade, sob protestos da comunidade, dos vereadores da oposição e interpelações do Ministério Público.

Após ser sancionado pelo prefeito, o projeto convertido na lei 1.575/2015 prevê a desafetação e alienação de imóveis públicos da cidade, que pelos cálculos da própria prefeitura deve-se arrecadar cerca de R$ 80 milhões com as vendas.

No início de outubro, os vereadores Mirela Macedo (PSD), Naide Brito (PT), Lula Maciel (PT) e Fausto Franco (PDT), ingressam na justiça com uma Ação Popular com pedido de liminar para sustar os efeitos da lei até decisão judicial em definitivo.

A Ação Popular apresenta a juíza diversas irregularidades, tais como vícios de inconstitucionalidade e ausência de licitação pública para vender os tais terrenos.

A prefeitura de Lauro de Freitas quer vender, por exemplo, terrenos onde estão as bases do Corpo de Bombeiros e Samu, a escola do Senai, além de uma rotatória. No total, o executivo municipal pretende se desfazer de 28 terrenos, incluindo ainda lotes à beira mar da cidade. 

OBRA NO RIO SAPATO

A obra da Conder nas margens do Rio Sapato, em Vilas do Atlântico, estão paralisadas há alguns dias e o local virou foco de mosquitos com a água empoçada. A obra é de drenagem do rio para instalar uma via metropolitana alternativa.