Direito

Documentário sobre transformistas é exibido no CSU do Nordeste de Amar

Centro Social Urbano do Nordeste de Amaralina promove exibição de filme e bate-papo sobre o universo LGBT transformista
SJDHDS , Salvador | 16/09/2015 às 19:15
Documentário Âncora do Marujo
Foto: João Raimundo

Na manhã de hoje (16), a comunidade do bairro do Nordeste de Amaralina celebrou a semana da diversidade com a exibição do documentário Âncora do Marujo, que retrata o Universo LGBT transformista, e apresentaçãoperformática da transformista Scarleth Sangalo, uma das protagonistas do filme.

Segundo Andreia Macedo, coordenadora do espaço, “todo ano tem atividades alusivas à semana, com o objetivo de fomentar discussão do tema com a comunidade”. Após a exibição, os moradores conversaram com Scarleth sobre a situação o dia a dia dos transformistas e a importância do respeito a diversidade.

O documentário Âncora do Marujo, dirigido pelo cineasta Victor Nascimento, faz um retrato divertido e musical de um estabelecimento pitoresco de Salvador, para chegar à compreensão do transformismo como arte, e do bar como um território a ser estudado.

O filme revela toda a irreverência do estabelecimento, que é um dos mais queridos do universo LGBT de Salvador e da classe artística. O local é o último espaço vivo da arte do transformismo, onde drag queens fazem performances que transitam entre o glamour, a decadência e o humor.

Entre os artistas exibidos está Scarleth Sangalo, que conquistou as plateias fazendo imitações de Ivete Sangalo. A artista fez uma apresentação que divertiu a todos que estiveram presentes. “Mostrar um pouco do meu trabalho como transformista, ainda mais para o bairro que moro, me deixa feliz, pois muitos não sabem que existem artistas por aqui. E com o filme, as pessoas puderam ver a realidade de um artista transformista”, relatou a protagonista.

Apresentação do filme no Nordeste de Amaralina é uma parceria do CSU com o site Três Terços. O site é o responsável pela divulgação e exibição do Âncora do Marujo. “A escolha por exibir no CSU é devido aos grupos de todas as classes de idosos a adolescentes”, informa Hebert Gomes, diretor do site.

A ideia é fazer um itinerante com o documentário para levar um pouco do universo LGBT transformista para as comunidades, para que as pessoas conheçam o dia a dia das transformistas fora do glamour dos shows, um forma de combater o preconceito e derrubar tabus da sociedade.