Direito

EDILSON CAPETINHA indiciado por quatro crimes em investigação da PF

Edilson diz que é inocento, mas a PF tem gravações dele incriminando-o
O Popular , Goiania | 14/09/2015 às 21:55
Ex-jogador Edilson prestou depoimento a PF em Goiânia
Foto: Sebastião Nogiueira

Conhecido como Edílson Capetinha, o ex-jogador da seleção brasileira Edílson da Silva Ferreira foi indiciado, nesta segunda-feira (14), por crime organizado, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Ele negou envolvimento no esquema de fraudes no pagamento de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF).

"Edílson foi indiciado com as provas contidas na investigação e que são corroboradas com o material apreendido na casa de alguns investigados. Isso reforça o contato direto entre ele e os principais investigados", afirmou a delegada Marcela Siqueira.

De acordo com ela, a participação dele era no recrutamento e acesso aos gerentes da Caixa para participarem do esquema, mas, por enquanto, não há ordem judicial para prisão do ex-jogador. "Agora vamos confrontar os depoimentos, e o material apreendido será periciado. Depois, com a investigação concluída, será encaminhada ao Ministério Público", acrescentou.

Edílson prestou depoimento durante três horas, na sede da Polícia Federal, em Goiânia, na tarde desta segunda-feira (14). Ao sair, Edílson disse que está "com a consciência tranquila" e que acredita que os fatos serão esclarecidos. "Fiz o meu papel de cidadão. Fiz questão de vir a Goiânia para ajudar na investigação. Não ia deixar meu nome ser jogado no lixo", informou o ex-jogador.

Ao negar ter o nome ligado a denúncia de fraude, Edílson garantiu que não tem participação no esquema. “Às vezes, a gente sofre por ser uma pessoa famosa. Muita gente liga oferecendo coisas. Isso tudo é prejudicial a mim e à minha carreira. Tenho serviços prestados ao Brasil. Estou com a consciência tranquila", destacou.

A PF informou por meio de sua assessoria de imprensa da PF, que o ex-jogador chegou às 14h10 à sede do órgão, no Setor Bela Vista, em Goiânia, acompanhado de dois advogados e um assessor. Ele foi ouvido pelo delegado Ricardo Mendes de Mesquita e Duarte.

Ainda de acordo com a PF, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do ex-jogador, na Bahia. Mesmo assim, o próprio Edílson se dispôs a prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal em Goiás, estado que comanda a investigação.

A imprensa não foi autorizada a acompanhar o depoimento.