Direito

EDILSON CAPETINHA depõe na sede da Policia Federal em Goiânia

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G1 , GOIANIA | 14/09/2015 às 17:52
Edilson está sendo acusado pela PF de envolvimento com quadrilha que fraudava Caixa
Foto: G1
O ex-jogador da seleção brasileira Edílson da Silva Ferreira, conhecido como Edílson Capetinha, depõe na tarde desta segunda-feira (14), na sede da Polícia Federal, em Goiânia. Ele é suspeito de envolvimento em fraudes no pagamento de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF).

Conforme a assessoria de imprensa da PF, Edílson chegou às 14h10 à sede do órgão, no Setor Bela Vista, em Goiânia, acompanhado de dois advogados e um assessor. Ele está sendo ouvido, há três horas, pelo delegado Ricardo Mendes de Mesquita e Duarte.

Advogado de Edílson, Thiago Phileto informou ao G1 nesta tarde que o ex-jogador desembarcou em Goiânia no início da manhã desta segunda-feira para prestar depoimento. Ele adiantou que seu cliente iria negar em depoimento qualquer ligação com as fraudes.

"Eu vou levá-lo amanhã ou quarta-feira na PF de Salvador para ser interrogado. Vamos levar extrato de movimentação financeira e outros documentos pra provar que ele não tem nada a ver com isso", afirmou o defensor.
Escutas telefônicas

De acordo com o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), Edílson tinha um “relacionamento próximo” com um dos chefes da quadrilha investigada na Operação Desventura. Ele foi flagrado em escutas telefônicas conversando com integrantes do grupo.

“As conversas mostram que ele tinha um relacionamento próximo com um dos líderes, inclusive, de negócios. Mas a função do ex-jogador era apenas a de usar da fama e as grandes movimentações financeiras que fazia para aliciar gerentes do banco para as fraudes. Por isso, consideramos que ele atuava no escalão inferior da organização”, afirmou ao G1 o procurador Hélio Telho.

Segundo ele, o ex-jogador foi flagrado em escutas, autorizadas pela Justiça Federal, no início deste ano. “Nessas conversas ele recebe instruções de como deveria proceder para aliciar os gerentes”.
O MPF chegou a pedir a prisão do ex-jogador, mas a Justiça Federal negou. “Ainda não tive acesso ao teor do documento para saber o motivo da negativa. Mas foram realizadas buscas na casa de Edílson e ele deverá ser ouvido para prestar esclarecimentos. Se os elementos comprovarem a participação dele nas fraudes, ele poderá responder por organização criminosa e estelionato”, destacou o procurador