O Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentou proposta de acordo para tentar solucionar o impasse entre a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), empresa de economia mista controlada pelo Estado da Bahia, e seus funcionários, que estão em greve desde o último dia 14 de agosto. O principal ponto de entrave de um acordo entre as partes é o percentual de reajuste dos salários. Por isso, o procurador Bernardo Guimarães, que conduz a mediação, apresentou a proposta de aplicação do índice de 9,2% sobre os vencimentos de maio, data-base da categoria. Um novo encontro acontece hoje (25) às 16h para que patrões e empregados tragam suas posições em relação à proposta de conciliação apresentada.
Os trabalhadores reivindicam a inflação do período e 2,38% de ganho real, salário educação para os funcionários e cesta básica, dentre outros itens. A empresa só aceita até o momento garantir a reposição da inflação. Os índices ficam em torno de 8% por parte dos patrões e em 10% por parte dos trabalhadores. A greve atinge as unidades da empresa distribuídas nas cidades de Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Itabuna, Mucuri e Eunapólis e afeta a distribuição de gás no estado. Em paralelo à mediação, empresa e o Sindicato dos Químicos da Bahia (Sindiquímica), que representa os trabalhadores do setor, travam uma disputa judicial pela determinação de percentuais mínimos de funcionários operando o sistema da empresa durante a greve.