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Sinposba , Salvador |
09/08/2015 às 19:14
Greve nos postos na segunda, 10
Foto: A Tarde
A greve dos trabalhadores em postos de combustíveis começa nesta segunda, 10 de agosto. Não deu em nada a última tentativa de negociação promovida pelo Ministério Público do Trabalho sexta-feira, 7 de agosto, na sede do MPT, entre o Sindicato patronal e o Sinposba. Os patrões mantiveram-se intransigentes diante de todas
as propostas e tentativas do procurador do trabalho, Dr. Bernardo Guimarães, para evitar a greve.
Falta interesse em negociar
Para o presidente do Sinposba, Antonio José Santos, esta última tentativa de negociação do MPT comprovou o que os trabalhadores já sabem há muito tempo. Os patrões do setor de revenda de combustíveis não possuem nenhuma responsabilidade social, não possuem o menor interesse em negociar, não respeitam os trabalhadores que
tanto produzem e nem a sociedade; sempre apostaram no confronto e desafiam nossa capacidade de luta ao se manterem intransigentes mesmo diante das autoridades.
“A data-base da categoria é 1º de maio, foram oito rodadas de negociações e esta última sexta passada. Os patrões reafirmaram enfaticamente que não vão assinar a Convenção de Trabalho se o Sinposba não abrir mão do valor das multas normativas instituídas na CCT na cláusula 48ª, referente ao descumprimento da própria Convenção que eles assinaram; isto é, os patrões querem que o Sindicato aceite uma fraude trabalhista. O Sinposba não aceita isso em hipótese nenhuma, por isso a partir de segunda, 10 de agosto, estaremos em greve.”
Carta à sociedade
A Diretoria do Sinposba e os trabalhadores estarão distribuindo carta à sociedade sobre os reais motivos do porquê da greve. O texto da carta afirma que os patrões se recusam a avançar os benefícios sociais, querem retirar direitos como a periculosidade para os que trabalham nas lojas de conveniências e escritórios, não investem em
segurança deixando a categoria exposta a assaltos, não garantem ambiente de trabalho decente e saudável, muitos patrões não fornecem água potável para beber e nem área de convivência, praticam assédio moral simulando demissões por justa causa burlando direitos trabalhistas, descontam fardamento dos trabalhadores, cheques devolvidos e prejuízos dos assaltos como se fossem vales de adiantamento de salário, instituindo constantemente fraudes nas relações de trabalho.