Os professores da Uneb reunidos em Assembleia Geral Docente, nesta segunda-feira (03), no campus de Salvador, deliberaram pela manutenção da greve até a assinatura da Minuta de Acordo. A próxima reunião com o governo está pré-agendada para esta quinta-feira (06). Diante da greve considerada vitoriosa, com todos os avanços que estão sendo conquistados, de maneira responsável, os professores decidiram em aceitar a proposta de Minuta de Acordo discutida com o governo na mesa de negociação. Seguindo a deliberação da assembleia, a partir do momento que a minuta for assinada será dada por encerrada a greve na Uneb. Entre terça (04) e quarta-feira (05) Uefs, Uesb e Uesc também farão assembleias gerais para discutir a mesma pauta.
O MD ressalta que a deflagração da greve, assim como sua continuidade há 83 dias, são culpas exclusivas do governador, que continua a olhar com descaso para os problemas das Ueba. Todas as conquistas que estão sendo arrancadas do governo nas reivindicações são graças à força dos docentes, com apoio do Movimento Estudantil. Entre essas conquistas estão à garantia do orçamento deste ano sem cortes, a devolução dos cortes financeiros que foram feitos no primeiro trimestre, a revogação da Lei 7176/97, e a implantação de todas as promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho, que estavam represadas desde 2012.
A expectativa dos professores era que na reunião da última sexta-feira (31) a greve chegasse ao fim, desde que o governo Rui Costa respeitasse o compromisso firmado com o Movimento Docente (MD). Além do Termo de Acordo também estava previsto a entrega de um Termo de Compromisso, que consistia em uma agenda para discutir os direitos trabalhistas para 2016. Sobre esse último documento, os negociadores do estado voltaram atrás informando que haviam sido desautorizados por Rui Costa, sob receio de comprometer os ajustes fiscais do próximo ano.
A luta continua
Quanto às discussões sobre o respeito aos direitos trabalhistas para 2016, os professores continuarão mobilizados e na luta em defesa da categoria docente. As reivindicações para o aumento do orçamento das Ueba, e contra os ataques à educação pública superior também continuam. São princípios e bandeiras de luta do Movimento Docente.