Direito

OPERAÇÃO LAVA JATO prende presidente da Odebrecht, Marcelo e mais 6

Operação Lava Jato chega aos chefões
PF e Golobo , Curitiba e SP | 19/06/2015 às 08:49
Marcelo Odebrecht foi preso nesta manhã em sua casa de São Paulo
Foto: Folha Press
  Curitiba/PR – A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (19) a 14ª Fase da Operação Lava Jato – Operação Erga Omnes – expandindo os investigados nos crimes de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, entre outros, para duas grandes empreiteiras com grande atuação no mercado nacional e internacional, e contratantes regulares junto a Petrobrás.

  Cerca de 220 policiais federais cumprem 59 mandados judiciais em quatro estados da Federação – 38 mandados de busca e apreensão, 9 mandados de condução coercitiva, 8 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de prisão temporária.

  Os presos serão trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição da Justiça Federal

   Até agora, 7 pessoas foram presas nesta fase da operação.

   Marcelo Odebrecht, presidente da construtora Odebrecht, e Otávio Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, foram presos em suas casas em São Paulo nesta fase da Operação Lava Jato.

   Até as 8h, seis pessoas tinham sido presas. Entre elas estão os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, da Odebrecht, além de Marcelo Odebrecht - presidente da empresa. Otávio Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, também está preso.

   A Odebrecht foi citada em 15 de setembro do ano passado durante um depoimento de Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro. À época, ele detalhou à Polícia Federal supostas irregularidades cometidas pela empresa em contratos com a Petrobras.

   Do total de mandados, oito são de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 38 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A Lava Jato foi deflagrada em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

  A prisão temporária tem prazo de cinco dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Já a prisão preventiva pode ocorrer por termpo indeterminado, enquanto durarem as investigações.

  Os mandados de busca e apreensão serão cumpridos em Jundiaí (1), São Paulo (17), Rio de Janeiro (16), Belo Horizonte (2) e Porto Alegre (2). Os de prisão preventiva em São Paulo (4), Rio de Janeiro (3) e Minas Gerais (1). Os de prisão temporária serão cumpridos em São Paulo (2), Rio de Janeiro (2). Já os de condução coercitiva serão em São Paulo (5), Rio de Janeiro (3) e Porto Alegre (1).

  Esta fase da operação foi batizada de Erga Omnes e investiga crimes de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro, entre outras.