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IG , BSB |
19/05/2015 às 22:10
Fachin passou com 52 votos
Foto: DIV
O Senado aprovou, no início da noite desta nesta terça-feira (19), o nome de Luiz Edson Fachin para ocupar a vaga deixada por Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF). O candidato foi o indicado pela presidente Dilma Rousseff para o cargo, e contou com votos favoráveis de 56 legisladores – 27 votaram contra. Ele precisava de 41 para ser aprovado.
A definição do advogado gaúcho para a mais alta instância do poder Judiciário no Brasil acabou sendo uma derrota para o presidente do Senado, Renan Calheiros, que se esforçou junto a aliados do PMDB para evitar a indicação da presidente da República. Sua intenção era apontar um nome de seu interesse para fazer frente a uma desejada segunda indicação por parte de Dilma.
A votação foi secreta e a sessão teve início com um revés para o governo, que teve vetada a indicação de Guilherme Patriota para o cargo de embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA). O diplomata é irmão de Antonio Patriota, ex-chanceler de Dilma. Foram 38 votos contrários e 37 a favor.
Fachin enfrentou resistência da oposição por ter declarado voto na petista na eleição de 2010, além de ter feito parte da Associação Brasileira de Reforma Agrária. Na semana passada, o advogado enfrentou uma sabatina de 12 horas no Senado, a sessão mais longa em 20 anos, para poder ter seu nome submetido ao plenário da Casa.
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Em resposta às críticas sobre sua proximidade do PT, Fahcin afirmou que não teria dificuldade em julgar nenhum partido. Sobre a questão agrária, defendeu a propriredade privada. O candidato aproveitou, ainda, para declarar apoio à monogamia, após ser acusado pelo colunista Reinaldo Azevedo de ser a favor da poligamia.