A Fraça está mobilizada
Globo , Paris |
08/01/2015 às 06:42
Os dois terroristas irmãos ainda estão sendo caçados
Foto: DIV
Um suspeito de participar do ataque à revista Charlie Hebdo está preso desde a noite de quarta-feira. Ele se apresentou à polícia e está sob prisão preventiva. Hamyd Mourad, de 18 anos, foi apontado pelas autoridades como o motorista que ajudou os irmãos Chérif e Said Kouachi – apontados como autores dos disparos – a fugirem.
Hamyd Mourad nega participação no crime e disse ter se apresentado à polícia "ao ver que seu nome circulava nas redes sociais", segundo a France Presse. Os irmãos Chérif e Said Kouachi ainda são procurados pelas autoridades. Sete pessoas estão sob custódia policial e eram interrogadas na manhã desta quinta por ligação com os irmãos.
AS 12 VITIMAS
A identificação das vítimas fatais do ataque à revista “Charlie Hebdo” foi encerrada na noite de quarta (7). Os atiradores que invadiram o local mataram 12 pessoas e deixaram 11 feridas, quatro delas em estado grave.
Os primeiros mortos a serem identificados foram quatro renomados cartunistas, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb e também editor da revista, o lendário Wolinski, Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous.
Além deles, outros quatro funcionários da “Charlie Hebdo” morreram: o também cartunista Phillippe Honoré, o vice editor Bernard Maris, um economista que também escrevia colunas para a publicação, o revisor Mustapha Ourad e a psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal chamada “Divan”.
Entre as outras vítimas fatais, segundo o jornal "Le Monde", estão o policial Franck Brinsolaro, morto dentro da redação, e o agente Ahmed Merabet, que morreu já na rua, durante a fuga dos atiradores. No ataque também morreram um funcionário da Sodexo que trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau, de 42 anos, e um convidado que visitava a redação, Michel Renaud.
Ainda de acordo com o jornal, o jornalista Philippe Lançon é uma das vítimas gravemente feridas. Crítico literário do jornal "Libération", ele escreve crônicas para a "Charlie Hebdo".