Um tribunal de apelações egípcio reduziu as penas de prisão neste domingo para 23 jovens ativistas condenados por violar uma lei que proíbe protestos sem uma licença, disseram fontes judiciais.
A prisão dos ativistas em junho, enquanto eles se manifestavam contra a lei que restringe fortemente protestos, foi condenada por grupos de direitos humanos como um reflexo de um clima político cada vez mais repressivo no Egito.
Protestos em massa levaram à derrubada do ex-ditador Hosni Mubarak em 2011 e foram utilizados para expressar o descontentamento com o presidente islamita Mohamed Mursi, que foi deposto pelo exército no ano passado.
Grupos de direitos humanos têm classificado as acusações contra os ativistas como infundadas e denunciado o caso como um exemplo de julgamentos baseados em evidências insuficientes e destinados a alertar os cidadãos contra desafios às políticas governamentais.
"Ainda que isso fosse esperado em função das sentenças severas e injustas em casos semelhantes, estamos chocados e consternados sobre como os ativistas de direitos humanos e políticos estão sendo punidos no Egito por expressarem pacificamente suas opiniões", disse Khaled Mansour, diretor-executivo da Iniciativa Egípcia para Direitos Pessoais, onde uma dos réus, Yara Sallam, trabalhou.
Sallam, uma advogada de 28 anos, não estava participando da manifestação de acordo com testemunhas oculares, mas foi encontrada nas proximidades e levada a julgamento.
Sanaa Abdel Fattah, uma estudante universitária de 20 anos e a irmã do líder ativista Alaa Abdel Fattah, também estava entre os detidos. Neste domingo, as sentenças foram reduzidas de três anos para dois.