Direito

COMEÇAR DE NOVO: Projeto é bem sucedido na Penitenciária Lemos Brito

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Secom , Salvador | 29/11/2014 às 10:27
Detentos trabalham na penitenciária
Foto: Carol Garcia
O projeto “Cor do Brasil: Uma Prática de Sucesso na Educação Prisional”, desenvolvido na Penitenciária Lemos Brito (PLB), conquistou neste mês o segundo lugar do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos. O projeto se tornou fundamental para as diretrizes de ressocialização desenvolvidas pela PLB para o atendimento aos detentos. “Ofertamos educação para os detentos, jovens e adultos, atendemos regimes fechado e semiaberto, com atividades de escolas e especificidades de instituições prisionais. O projeto se encaixou entre os temas apresentados em sala de aula, e isso possibilitou um novo olhar sobre o assunto”, destacou  a diretora do Colégio Professor George Fragoso Modesto, Maria das Graças Barreto.

A escola não é a única ferramenta oferecida pelo sistema carcerário para a inclusão social de detentos na Bahia. Por meio do Programa Começar de Novo, o Governo do Estado, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-A), tem incluído o trabalho na rotina de muitos presos.  Sete empresas cadastradas no Programa Começar de Novo funcionam na Penitenciária Lemos de Brito. Cada uma  paga, por funcionário, um valor de pelo menos três quartos do salário mínimo. 

O diretor da PLB, Everaldo Carvalho, acredita que com estímulo e prática de atividades sócioeducativas, o sistema penitenciário pode passar a funcionar como ferramenta fundamental na recuperação de vidas desacreditadas. “Primeiramente, a prisão tem a função de controle daqueles indivíduos que, por algum motivo, quebraram o contrato social e se tornaram uma ameaça à sociedade. Mas, uma vez que eles adentram a área prisional e vêm à penitenciária, temos o compromisso de trabalhar esses cidadãos para que possam voltar à sociedade com a cabeça erguida. Através da penitenciária, eles têm a chance de repensar a vida”.